Pesquisa

Salário mínimo para garantir o básico deveria ser de R$ 5.583,90, diz Dieese

Levantamento concluiu que para um trabalhador conseguir pagar a cesta de alimentos precisaria trabalhar por 113 horas e 49 minutos

- Tânia Rêgo/Agência Brasil
- Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgada nesta quarta-feira (8), revelou que para garantir condições básicas, uma família de dois adultos e duas crianças deveria receber um salário equivalente a mais de R$ 5.500.

Realizada mensalmente, a pesquisa apontou que o custo médio da cesta básica aumentou em 13 capitais e diminuiu em quatro. De acordo com o Dieese, as maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,84%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). Aracaju, Curitiba e Fortaleza tiveram diminuição nos preços.

A capital que registrou a cesta básica mais cara (R$ 664,67) foi Porto Alegre, seguida por Florianópolis (R$ 659), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Os preços mais baixos estão em Aracaju (R$ 456,40) e Salvador (R$ 485,44).

Levando em consideração a cesta básica mais cara, o Dieese calculou que o salário mínimo para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 5.583,90, valor que corresponde a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100.

Por fim, a pesquisa concluiu que para um trabalhador conseguir pagar a cesta de alimentos básicos precisaria trabalhar por 113 horas e 49 minutos.

Na comparação com agosto do ano passado, os alimentos básicos tiveram alta em todas as capitais que fazem parte do levantamento do Dieese.