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Santander mostra eficiência na alocação de capital e resultados esperados

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O Banco Santander Brasil (SANB11) divulgou seu resultado do quarto trimestre e do acumulado de 2019 na quarta-feira (29). O lucro gerencial da instituição financeira atingiu 3,726 bilhões de reais, em linha com o que esperávamos, 3,739 bilhões. O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 21,3 por cento no trimestre, com crescimento marginal de 0,2 pontos percentuais no trimestre.

A carteira de crédito, excluindo aval, fianças e instrumentos do mercado de capitais, atingiu 331,601 bilhões de reais, alta de 6,2 por cento comparada com o trimestre anterior. O crescimento foi positivamente impactado pelo segmento de grandes empresas, que cresceu 8,1 por cento no trimestre para 97,198 bilhões de reais.

A inadimplência acima de 90 dias apresentou melhora de 0,1 pontos percentuais no trimestre para 2,9 por cento em virtude da melhor gestão de risco na concessão de crédito, combinada ao cenário macroeconômico favorável.

E Eu Com Isso?

De forma geral, os resultados do Santander Brasil, terceiro maior banco privado do país, vieram em linha com o esperado. O spread da carteira de crédito do banco diminuiu 0,4 ponto percentual para 9,3 por cento em virtude da menor taxa Selic no período, bem como a maior competição no setor.

O Banco Central (BC) tem buscado estimular a concorrência no setor, limitando as taxas de juros em determinadas linhas de crédito, como o cheque especial e fomentando o open-banking, em que os bancos terão acesso às informações sobre o perfil de risco e os custos cobrados dos clientes da concorrência, podendo oferecer linhas mais atraentes para os tomadores.

Um ponto de atenção no resultado foi o índice de eficiência, relação entre despesas gerais e receita, que aumentou para 41,1 por cento impulsionada por maiores despesas administrativas na contratação de serviços de tecnologia e marketing, sazonalmente maiores no último trimestre do ano.

O índice de Basileia de melhor qualidade (CET1) continua em um patamar confortável de 13 por cento, mostrando a eficiência na alocação de capital ponderada pelo risco e sem a futura necessidade de aumento de capital, o que implicaria em diluição dos acionistas e menor ROE.

Apesar de um cenário de maior competição, o banco continua a entregar um ROE acima de 20 por cento e apresenta um sólido crescimento da carteira de crédito, sem comprometer o risco de crédito das operações, visualizado nas menores despesas de provisão no trimestre: maiores despesas em uma instituição financeira e apresentaram queda de 5 por cento no trimestre para 13,069 bilhões de reais.

As ações da companhia sofreram após a divulgação do resultado, caindo 1,86 por cento. Essa parece ser uma nova tendência, devido a quantidade de incertezas que existem sobre a rentabilidade dos grandes bancos: resultados que não surpreendem acabam sendo penalizados.