Com a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) deve cair mais 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro, o Santander Brasil (SANB11) mantém a aposta na renda variável pelo terceiro mês seguido.
Em sua Carteira Modelo (portfólio mensal de recomendações de investimentos), o banco indica os fundos de ações, especialmente de small caps, por se tratar de papéis de empresas ligadas à economia doméstica, que conseguem capturar o efeito dos juros menores.
Arley Junior, estrategista de investimentos do Santander Brasil explicou que os juros em queda beneficiam empresas, que conseguem rolar suas dívidas, e consumidores, que passam a ter acesso a um crédito mais barato e, consequentemente, consomem mais.
"Diante deste cenário, companhias ligadas à economia doméstica são impactadas positivamente pela redução dos juros, já que suas projeções de lucros tendem a ser revisadas para cima. Como consequência, o índice Small Caps deve acompanhar esta tendência favorável”, completou.
Ainda na renda variável, e como instrumento de diversificação, a Carteira Modelo de setembro traz fundos imobiliários de tijolo como recomendação.
Na renda fixa, os estrategistas ainda apostam em fundos de renda fixa com gestão ativa que investem em ativos em diferentes economias do mundo e se beneficiam de expectativas de queda nos juros ou de subida.
Para os mais conservadores, a indicação são os fundos de infraestrutura DI que, além de seguirem o desempenho da taxa de juros, ainda possuem benefício da isenção de imposto de renda para pessoa física.
Para quem quer diversificar e complementar a carteira com produtos de investimentos flexíveis e ágeis, a Carteira Modelo traz como recomendação os fundos multimercados.