Investing.com – As ações do Banco Santander Brasil (SA:SANB11) operam com forte queda na manhã desta quarta-feira na bolsa paulista. A instituição bancária divulgou o resultado do terceiro trimestre do ano antes da abertura do pregão de hoje. A companhia registrou lucro líquido recorrente, que exclui itens pontuais, de R$ 3,705 bilhões, um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior e superando os R$ 3,48 bilhões que os analistas esperavam, segundo dados da Refinitiv,
Mesmo assim, os papéis da companhia operavam com desvalorização de 2,94% a R$ 47,87, refletindo muito mais a expectativa de mais uma reunião do Copom do que os dados em si do balanço. A expectativa de nova redução da taxa Selic pelo colegiado também influencia o movimento negativo de outros bancos, como Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4), que também figuram entre as maiores quedas do Ibovespa, com quedas de, respectivamente, de 1,83% a R$ 35,97, 1,93% a R$ 47,72 e 1,64% a R$ 35,90.
Como nos últimos trimestres, o segmento de varejo liderou o lucro líquido do banco. A carteira de crédito alcançou 408,7 bilhões de reais, aumento de 3,7% em relação ao trimestre anterior, puxada pelos empréstimos para compra de automóveis, folhas de pagamento e cartões de crédito. Em empréstimos corporativos, a linha de comércio internacional também cresceu no trimestre.
Apesar da expansão acelerada do crédito, o Santander (SA:SANB11) manteve a qualidade dos ativos. O índice de inadimplência ficou estável em 3%.
A margem financeira cresceu 3,9% em relação ao ano anterior, para 8,9 bilhões de reais. O banco registrou um retorno sobre o patrimônio líquido no terceiro trimestre de 21,1%, uma queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior.
Em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira, Morgan Stanley (NYSE:MS) chama a atenção para os segmentos de pessoas físicas e de consumidores, que seguem superando o crescimento total de crédito. Outro ponto de destaca ficou para os spreads de empréstimos, que ficaram estáveis. Isso, na visão dos analistas, mostra que as fintechs ainda não pressionam o banco, uma questão que é acompanhada de perto pelos investidores. De forma geral, o documento aponta que existem mais pontos positivos do que negativos.