A partir de 6 de janeiro de 2025, a tarifa de ônibus em São Paulo vai subir de R$ 4,40 para R$ 5 – um reajuste de 13,64%.
Este foi o maior aumento em uma década, desde 2015, quando o então prefeito Fernando Haddad elevou o valor de R$ 3,00 para R$ 3,50, um reajuste de 16,6%.
O anúncio, feito pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta quinta-feira (26), ocorre após quatro anos de congelamento no valor da tarifa de ônibus.
A administração municipal justifica que o reajuste atual seria inferior à inflação acumulada desde o último aumento, em janeiro de 2020.
“A atualização será de 13,6% e está bem abaixo da inflação acumulada desde a última mudança, que está na casa dos 32% de acordo com o IPCA. Caso a tarifa considerasse a recomposição da inflação, passaria dos R$ 4,40 para no mínimo R$ 5,84”, informou a gestão Nunes.
Histórico de reajustes na tarifa
O último reajuste ocorreu em 2020, durante o governo Bruno Covas (PSDB), quando a tarifa subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40, um aumento de 2,3%.
Antes disso, Covas já havia aplicado um reajuste de 7,50% em 2019, ao elevar o valor de R$ 4,00 para R$ 4,30.
No governo João Doria (PSDB), em 2018, a tarifa foi ajustada em 5,26%, de R$ 3,80 para R$ 4.
O aumento anunciado por Ricardo Nunes foi paralelo ao reajuste das tarifas dos trens e do metrô, que passarão a custar R$ 5,20 a partir da mesma data.
Comparação com a inflação
Segundo a gestão municipal, o reajuste foi planejado para minimizar o impacto nos usuários, considerando que a inflação acumulada desde 2020 ultrapassou 30%.
Ainda assim, o aumento de 13,64% está entre os mais altos já registrados na história recente de São Paulo.