SpaceNews

Saraiva (SLED4): livraria demite todos os funcionários e deve fechar lojas físicas hoje

Com as demissões, a operação da empresa deve ficar comprometida, com as unidades físicas e o site saraiva.com possivelmente inoperantes a partir desta quinta-feira (21)

Fachada de loja da Saraiva - Reprodução
Fachada de loja da Saraiva - Reprodução

Na última quarta-feira (20), a rede de livrarias Saraiva (SLED4) demitiu os 150 colaboradores restantes de seu corpo de funcionários. O grupo estava distribuído entre as áreas administrativas, na sede da companhia e nas cinco últimas lojas físicas no país.

Com as demissões, a operação da empresa deve ficar comprometida, com as unidades físicas e o site saraiva.com possivelmente inoperantes a partir desta quinta-feira (21), de acordo com uma pessoa diretamente envolvida no processo, segundo apurou o jornal Valor.

A Saraiva tem hoje cinco lojas físicas, sendo quatro no estado de São Paulo e uma em Campo Grande (MS).

Na cidade de São Paulo restam duas —no Shopping Aricanduva, zona leste, e na Praça da Sé, no centro. Há também uma unidade em Santo André e outra em Jundiaí.

De acordo com o último balanço financeiro da empresa, referente ao segundo trimestre deste ano, a receita líquida de lojas físicas no período foi de R$ 7,2 milhões — o que representa uma queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No site, as vendas líquidas foram de R$ 100 mil, uma queda de 78,6% em relação ao segundo trimestre de 2022. No período, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 16,1 milhões.

No início desta semana, dois membros do conselho de administração e do conselho fiscal renunciaram às suas posições e acusaram a existência de uma falsa ata do Conselho de Administração assinada pelo presidente.

"A Companhia se encontra em recuperação judicial e com situação complexa frente ao cenário econômico do varejo brasileiro. Como já apresentado em fatos relevantes, a atividade da Companhia reduziu-se expressivamente e, infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de Conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente, irá gerar outras renúncias de conselheiros eleitos", disse a empresa em fato relevante publicado na terça-feira (19).

Na última quarta-feira (20), as ações da empresa fecharam o dia em queda de 1,27%, sendo cotadas a R$ 1,55.

As informações são do site Valor.