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Selic: XP explica porque as ações continuam caindo

Em relatório, analistas colocam em perspectiva o terceiro corte consecutivo

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Em 1 de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) realizou mais uma reunião e optou por manter o ciclo de flexibilização da taxa de juros no Brasil. A taxa Selic foi reduzida em mais 0,50 pontos percentuais, atingindo 12,25%, marcando o terceiro corte consecutivo, e analistas da XP Investimentos colocaram este cenário em perspectiva por meio de um relatório, publicado no mesmo dia.  

Segundo a XP, as ações brasileiras estão seguindo a tendência global, impactadas pelo aumento das taxas de juros em outros países, especialmente as taxas das Treasuries americanas. Esse movimento tem tido um impacto direto na curva de juros brasileira. A correlação entre os juros de longo prazo no Brasil e no exterior tem aumentado, resultando em um aumento na curva de juros brasileira em consonância com os movimentos globais.

Os analistas mantêm visões otimistas em relação às ações brasileiras, apesar da atual queda. Eles destacam que o início do ciclo de flexibilização monetária em agosto é positivo para o mercado de ações brasileiro, à medida que se afasta de níveis de juros restritivos. Além disso, eles apontam alguns fatores que podem servir como catalisadores:

  1. Valuation atrativo: O Brasil ainda é visto como tendo um valuation atrativo, com o índice P/L do Ibovespa em 7,5x, o mais baixo entre os principais mercados globais. Além disso, o dividend yield do Brasil é atualmente o mais alto, atingindo 6,9%.

  • Baixo risco geopolítico: Em um cenário de crescentes tensões geopolíticas globais, o Brasil é considerado um mercado com baixo risco geopolítico, mantendo uma posição relativamente neutra em comparação com outros mercados emergentes.

  • Benefício dos cortes de juros: Historicamente, ciclos de corte de juros tendem a beneficiar ações e outros ativos de risco. Juros mais baixos significam custo de capital reduzido para as empresas e uma taxa de desconto menor no valuation das ações.

  • Os dados e análises da XP demonstram que, embora as ações brasileiras tenham enfrentado quedas recentes, o mercado ainda apresenta fundamentos sólidos que sugerem um cenário promissor a médio e longo prazo.

    Entenda porque a alta nas Taxas de Juros no EUA impactam no Valuation das empresas.