Embora seja uma ferramenta de educação financeira conhecida entre as famílias brasileiras, 61,00% dos pais não proporcionam mesada aos filhos, aponta a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, para marcar a passagem do Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro.
Entre os pais que dão mesada aos filhos, há o costume de dar uma quantia maior para a faixa de crianças de 6 a 11 anos (54,00%), seguido pela faixa etária de 15 a 18 anos (45,00%).
A maioria dos genitores adota a tradicional frequência mensal (62%).
O valor médio da mesada no Brasil foi apontado em R$ 100 – valor concedido por 74% dos pais entrevistados. Essa quantia destina-se, principalmente, para comprar lanche na escola (33%) e para ensiná-los a poupar para o futuro (32%).
A segunda intenção pode ser relevante para as crianças, pois os próprios adultos não têm esse comportamento na prática.
Isso porque 72% dos pais não fazem qualquer tipo de investimento ou poupança para os filhos atualmente.
E mesmo entre os genitores que têm esse hábito, 50% admitem não ter uma conta específica para a finalidade, e realizam a ação dentro da sua própria conta bancária.
72% dos pais dizem não conhecer soluções financeiras voltadas para crianças e adolescentes.
Dentre os que afirmam ter informações, os serviços que têm algum destaque são a Conta Digital Kids do Banco Inter (8%), o Cartão Adicional Mesada da Caixa Federal (5%) e o Nextjoy do Banco Next (4%).
Mudança de mentalidade
A falta de tato para abordar finanças ainda na infância pode estar relacionada a um comportamento cultural, pois 56% dos pais não lembram de, quando crianças, terem conversado com seus pais a respeito de finanças.
Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e nas classes D e E (64%).
Mas esse cenário pode mudar. Oito em cada 10 pais dizem conversar com os filhos a respeito do tema. Entre eles, 24% começam a abordá-lo quando as crianças têm até 5 anos e 23,0% com os pequenos na faixa de 6 a 8 anos.
A introdução da educação financeira e finanças pessoais ocorre principalmente quando esclarecem “quais produtos são caros ou baratos ou o que for possível ou não comprar” (41,00%), seguido por “mostrar a importância de guardar dinheiro” (40,00%).
O conteúdo da pesquisa faz parte da série “Serasa Comportamento”, ação que divulga mensalmente, por intermédio de uma live, estudos e análises a respeito da relação que a população mantém com o dinheiro.
As informações são de AD Comunicação.