Retomada

Setor de serviços sustenta crescimento da atividade econômica no 2° tri, diz BTG

BTG considera que o consumo que foi direcionado para bens no último ano pode retornar para o setor, que representa 60% da força de trabalho brasileira

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de junho veio acima das expectativas e surpreendeu os especialistas.

Enquanto o mercado esperava um crescimento de 0,6% para o mês, o resultado mostrou uma variação positiva de 1,1%, puxado pelo setor de serviços, que registrou expansão de 1,7% ante alta modesta de 0,5%.

O setor de serviços foi o único segmento do IBC-Br que apresentou um número acima das projeções. Mas os analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacam que todos os setores se encontram acima ou em linha com o patamar da atividade econômica pré-pandemia. 

A partir do carrego positivo para o trimestre vindo de serviços e varejo – apesar deste último apresentar dados fracos -, as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre ganharam força.

De acordo com o BTG, a perspectiva continua positiva para o crescimento da atividade econômica, embora setores como varejo – recuo de 1,7% no modo restrito e 2,3% no modo ampliado – e indústria – sem variação – devam encontrar alguns desafios pela frente mediante os resultados reportados sobre junho.

O resultado do segundo trimestre para o setor de serviços foi uma variação positiva de 2,0% em relação ao período de janeiro a março. Números que, segundo o BTG, reforçam uma tendência altista.

As cinco atividades que compõem o segmento de serviços no IBC-Br registraram alta de maio para junho, com destaque para os serviços prestados às famílias, que apresentou uma expansão pela terceira vez consecutiva: 8,1%. 

Com as perspectivas de reabertura consistente da economia no segundo semestre deste ano, principalmente para os dados de agosto e setembro – meses no qual a maior parte das cidades deve intensificar a flexibilização de suas medidas de restrição de mobilidade social -, além do avanço da vacinação para toda a população adulta no país, o BTG considera que o consumo que foi direcionado para bens no último ano pode retornar para o setor, que representa 60% da força de trabalho brasileira.

"Indo além, entendemos que uma retomada robusta do setor de serviços resultará em uma maior disponibilidade de empregos, o que reforça o cenário positivo para a atividade econômica como um todo", afirmam os especialistas no relatório.