desempenho

Sexta-feira 13: as 3 ações com o desempenho mais horripilante

Hoje é a famosa sexta-feira 13!  Essa data é lembrada por cenários aterrorizantes, péssimo desempenho, sustos e má sorte.

Você, investidor, deve saber que o mercado financeiro é cheio de armadilhas e, por isso, ele já transformou a vida financeira de muita gente em um verdadeiro filme de terror.

Para entrar no clima assombrado, hoje vamos apresentar para você as três ações que tiveram o desempenho mais horripilantes da história do mercado. Então, após essa matéria, você pode conferir as dicas e análises de qualidade que a SpaceMoney oferece para que as finanças não se tornem um monstro ou o próprio Pennywise na sua vida.

A baixa produção da OGX

Em 2008, a OGX, empresa de exploração de petróleo e gás natural de Eike Batista, entrou na bolsa e captou 6,7 bilhões de reais. Na época, a quantia representou o maior valor para uma oferta pública inicial de ações no mercado (IPO). 

Agora preste atenção a um fato: o ano do IPO foi 2008. Sim, o ano em que todas as sextas-feiras eram de azar. Com a crise do mercado imobiliário estadunidense, as ações da OGX passaram a valer R$ 2,54, sendo que a oferta inicial foi de R$ 11,31.

Após o susto da crise, a OGX teve boa recuperação de seu desempenho e chegou a ter as ações precificadas a R$ 23,27 em 2010.

Em 2013, por conta da produção muito abaixo do projeto inicial da empresa, a dívida da OGX chegou a US$ 3,6 bilhões. Naquele ano, os papéis custam R$4,30.

A empresa entrou com pedidos de recuperação judicial, mas nunca conseguiu se recuperar. Atualmente, a empresa não possui código de negociação ativo, ou seja, não está mais listada na B3, a bolsa brasileira.

A ascensão e a falência da Varig

Fundada em 1921, a Varig foi a primeira empresa aérea brasileira. Ela chegou a operar em 36 países com uma frota de 127 aviões, dentre eles o Boeing 747 e Boeing 707.

Em 2001, após os atentados de 11 de setembro de 2001, a aviação comercial foi atingida por uma crise que refletiu no mundo inteiro. Além disso, na época surgiram a LATAM Airlines Brasil e a Gol Linhas Aéreas Inteligentes, concorrentes da Varig.

Em 2004, a empresa passava por muitas mudanças e oscilações de desempenho. Em uma semana, os papéis variaram de R$ 0,97 para R$ 9,00. Depois despencou novamente com a ultrapassagem da Gol em participação no mercado.

Nas oscilações, investidores perderam milhares de reais. Nos anos seguintes, a companhia abriu um processo de Recuperação Judicial, pois sua dívida chegou a 5,7 bilhões de reais. No dia 20 de agosto de 2010, o Poder Judiciário do Brasil decretou a falência da antiga Varig.

A Bolha do Alicate da Mundial

As ações da Mundial vão muito bem, obrigada. Atualmente, os papéis estão precificados em uma média de R$ 32,00. Entretanto, quando falamos de momentos assombrosos de ações no mercado, não podemos deixar de fora a Bolha do Alicate.

Entre julho de 2010 e julho de 2011, as ações da Mundial (MNDL3) dispararam e atingiram volumes de negociação maiores aos da Petrobras.

No período, as ações ordinárias da empresa chegaram a subir 2.208%, e as preferenciais, 1.353%. Logo em seguida, despencaram atingindo os valores iniciais. Imagine o desespero do investidor naquele momento, porque estavam confiantes em suas apostas, mas o movimento não passava de uma bolha.

Então, segundo a Arena do Pavini, os motivos foram uma sequência de divulgação de fatos positivos pela empresa. Também houve grande movimentação por parte de agentes autônomos. 

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) começou a investigar e identificou que seria um conjunto de operações com características de negociação com uso de informação privilegiada e manipulação de mercado – compra e venda de um papel por um grupo de participantes do mercado financeiro para influenciar artificialmente os preços e se beneficiar com a oscilação.

Afinal, quem as realizava era um grupo de investidores capitaneados por Rafael Ferri, agente autônomo de investimentos que manteria estreitas ligações com o Diretor Presidente e de Relações com Investidores da Mundial, Michael Ceitlin.

Em 2016, a CVM condenou o agente autônomo Rafael Ferri por manipulação do mercado.