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Shell estuda participar de leilões de áreas de petróleo na Margem Equatorial

Presidente da companhia no Brasil falou sobre possibilidade durante entrevista

- Marc Rentschler via Unsplash
- Marc Rentschler via Unsplash

A Shell está considerando a possibilidade de participar de leilões de áreas de petróleo na Margem Equatorial, caso haja uma decisão do governo em abrir espaço para a exploração de petróleo nessa região. As informações são do jornal Valor Econômico. 

O presidente da companhia no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, mencionou que a empresa já possui presença na Margem, com oito blocos, sendo seis na Bacia de Barreirinhas e dois na Bacia Potiguar, onde está situado o poço a ser perfurado pela Petrobras.

Costa destacou a importância de analisar o potencial da Margem Equatorial, especialmente à luz do progresso observado na Guiana e no Suriname, países mais avançados na exploração das reservas na região.

Ele ressaltou que a Petrobras, como o principal ator do país no segmento, incluiu 16 poços localizados na Margem no novo plano estratégico. "Só tem uma forma de descobrir [se a área é viável]: é furando poços. Perfuramos o pré-sal e tiramos 3 milhões de barris por dia sem um acidente", afirmou Costa durante uma entrevista a jornalistas para avaliar o ano.

Entretanto, ele esclareceu que atualmente não há planos de perfuração na Margem Equatorial para o ano de 2024. Costa enfatizou que um dos pilares do acordo firmado em março com a Petrobras é a expansão de parcerias em exploração e produção para além do pré-sal.

Além disso, o executivo salientou que a empresa enxerga espaço para explorar novas fronteiras petrolíferas, como a Margem Equatorial, mesmo em meio a debates sobre a redução da atividade petrolífera, um dos tópicos em discussão na COP 28.

A Shell está avaliando estrategicamente seu envolvimento nessa área, considerando o cenário global e as tendências do setor de energia.