Nesta sexta-feira (17), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou em uma entrevista à Globonews a necessidade de a Petrobras implementar uma redução mais substancial nos preços da gasolina e do diesel vendidos nas refinarias. Silveira salientou que as condições de mercado atuais permitem essa ação, com o dólar mantido em um patamar estável e o preço de referência do barril de petróleo, o Brent, fixado em US$ 78.
O ministro indicou sua expectativa por uma redução mais expressiva nos preços praticados pela Petrobras. Em relação ao óleo diesel, ele projetou uma possibilidade real de queda entre 32 a 42 centavos, enquanto na gasolina, a redução poderia variar entre 10 e 12 centavos.
Silveira afirmou que tem discutido o assunto com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Ele destacou a necessidade de o governo cobrar a estatal de maneira mais incisiva, respeitando sua governança e natureza jurídica.
"Está na hora de nós puxarmos a orelha, de novo, da Petrobras para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza, diante da política de preços que o presidente Lula lutou tanto para implantar, que foi um compromisso dele de campanha, que é o abrasileiramento dos preços no Brasil", enfatizou Silveira.
Durante a entrevista, o ministro frisou que o principal objetivo do governo é garantir a segurança no abastecimento de combustíveis. No entanto, ele ressaltou a importância de manter os preços em um nível mais baixo. "Vamos manter sempre a vigilância para que o preço seja melhor nas bombas", afirmou.
Silveira ressaltou o impacto dos preços, especialmente do diesel, na economia brasileira. Ele reforçou que, se a redução esperada for efetivada, o país terá melhores condições de atingir a meta de inflação até o final do ano, o que poderia permitir uma redução da taxa Selic pelo Banco Central, sem prejuízos à Petrobras.