Novela do X

STF ordena transferência de R$ 18,3 milhões de empresas ligadas a Elon Musk para pagamentos de multas do X

Ministro Alexandre de Moraes determinou o pagamento de multas ao X e Starlink, resultando no desbloqueio de ativos e contas das empresas

Alexandre de Moraes -
Alexandre de Moraes -

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a transferência de R$ 18,3 milhões das contas das empresas X, antigo Twitter, e Starlink, ambas ligadas ao bilionário Elon Musk, para os cofres da União.  Valor será utilizado para pagar multas ligadas ao X.

Multas impostas ao X 

A quantia será utilizada para quitar multas aplicadas ao X por não atender a determinações judiciais relacionadas ao bloqueio de perfis. As multas se referem a distribuição de mensagens criminosas e ataques à democracia por esses usuários, além de não manter representantes legais no Brasil. 

Transferência e desbloqueio de ativos para pagamento de multas 

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, os valores a serem transferidos são distribuídos entre as duas empresas da seguinte forma: R$ 7.282.135,14 da X Brasil Internet Ltda e R$ 11.067.864,86 da Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda.  

Na quinta-feira (12), os bancos Citibank e Itaú confirmaram ao STF que efetuaram a transferência dos valores para a conta da União no Banco do Brasil. Com o pagamento das multas, o ministro Moraes ordenou que as contas bancárias e outros ativos financeiros, incluindo veículos e propriedades, fossem desbloqueados.  

“Com o pagamento integral do valor devido, o ministro considerou que não havia mais necessidade de manter as contas bloqueadas e ordenou o desbloqueio imediato das contas bancárias/ativos financeiros, veículos automotores e bens imóveis das referidas empresas, com expedição de ofício ao Banco Central do Brasil, comunicação oficial à CVM e aos sistemas RENAJUD e CNIB”, disse o STF. 

A decisão também incluiu a Starlink Brazil, que, embora tenha outros acionistas no Brasil, viu seus ativos bloqueados devido à ligação com Elon Musk, que também é proprietário do X.  

O STF identificou uma “responsabilidade solidária” entre as duas empresas, caracterizando-as como um “grupo econômico de fato” devido à participação comum de Musk.