Várias são as pesquisas que buscam medir quais as organizações se destacam como bons ambientes profissionais para se trabalhar e se desenvolver na carreira. Isso porque com a volatilidade do mercado, investir em atributos estratégicos de retenção e desenvolvimento de talentos é essencial.
Baseada em dados do LinkedIn e GPTW, compartilho os oito pilares que fazem os melhores talentos permanecerem, um mapa claro do que os profissionais valorizam hoje e como transformá-los em vantagem competitiva.
1. Avanço profissional: promoções tangíveis e carreiras com propósito
Funcionários permanecem em empresas onde veem trajetórias claras. O pilar probabilidade de avanço profissional mede promoções internas e até migrações para cargos melhores em outras empresas — um sinal de que a experiência na organização agregou valor. Empresas que estruturam planos de carreira, mentoria e avaliações transparentes reduzem o risco de perda de talentos para concorrentes.
E isso se confirma na pesquisa da GPTW: 84% dos colaboradores em “best workplaces” acreditam ter oportunidades de crescimento, contra apenas 34% em outras empresas.
2. Desenvolvimento de competências: aprendizado contínuo como vantagem competitiva
O pilar desenvolvimento de competências do LinkedIn revela como empresas capacitam seus times com habilidades alinhadas ao mercado. Em um mundo onde 40% dos profissionais planejam trocar de emprego por falta de capacitação, oferecer treinamentos, certificações e projetos desafiadores é essencial para reter e atrair talentos.
3. Estabilidade na empresa: combate ao turnover com cultura e retenção
A métrica de estabilidade (funcionários que permanecem por 3+ anos) reflete o equilíbrio entre satisfação e retenção. Empresas que implementam políticas de retenção eficazes conseguem reduzir a rotatividade de funcionários em até 50%, segundo estudo da Delloite. Culturas inclusivas, salários justos e flexibilidade são itens-chave de lugares bons para se trabalhar.
4. Oportunidades externas: quando a demanda por seus talentos é um termômetro
Se funcionários são frequentemente contatados por recrutadores (oportunidades externas), a empresa tem talentos valiosos — mas também risco de perda. A solução? Fortalecer vínculos com propósito, reconhecimento e benefícios personalizados.
5. Afinidade cultural: conexões que fortalecem o engajamento
O pilar afinidade de conexões entre colaboradores mede o networking interno e a coesão cultural. Empresas com culturas fortes (como Netflix e Nubank) têm 72% mais engajamento (Gallup), fator crítico contra o quiet quitting.
6. Diversidade de gênero e 7. Formação acadêmica: inclusão como motor de inovação
Equipes diversas melhoram tomadas de decisão (33% mais performance, McKinsey) e atraem millennials e Gen Z (76% priorizam diversidade, Glassdoor). O pilar formação acadêmica ainda reforça o compromisso com pluralidade de perspectivas.
8. Presença e redes de oportunidades e networking
Empresas com ampla presença geográfica oferecem mais chances de mobilidade interna e colaboração e refletem um ambiente de trabalho diversificado e mais oportunidades de desenvolvimento profissional e networking.
Conclusão: em tempos de volatilidade no mercado de trabalho, esses oito pilares são um checklist estratégico para empresas que querem reduzir custos com turnover, fortalecer employer branding e construir equipes resilientes.
Organizações que investem nesses atributos transformam a retenção de talentos em vantagem competitiva, gerando não apenas reputação, mas resultados tangíveis para o negócio.
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