Coluna da Daniela Zuccolotto

Sua empresa é realmente boa para trabalhar? 

Os 8 pilares para reter talentos em tempos de crise de engajamento

Sua empresa é realmente boa para trabalhar? 

Várias são as pesquisas que buscam medir quais as organizações se destacam como bons ambientes profissionais para se trabalhar e se desenvolver na carreira. Isso porque com a volatilidade do mercado, investir em atributos estratégicos de retenção e desenvolvimento de talentos é essencial. 

Baseada em dados do LinkedIn e GPTW, compartilho os oito pilares que fazem os melhores talentos permanecerem, um mapa claro do que os profissionais valorizam hoje e como transformá-los em vantagem competitiva. 

1. Avanço profissional: promoções tangíveis e carreiras com propósito

Funcionários permanecem em empresas onde veem trajetórias claras. O pilar probabilidade de avanço profissional mede promoções internas e até migrações para cargos melhores em outras empresas — um sinal de que a experiência na organização agregou valor. Empresas que estruturam planos de carreira, mentoria e avaliações transparentes reduzem o risco de perda de talentos para concorrentes.

E isso se confirma na pesquisa da GPTW: 84% dos colaboradores em “best workplaces” acreditam ter oportunidades de crescimento, contra apenas 34% em outras empresas.

2. Desenvolvimento de competências: aprendizado contínuo como vantagem competitiva

O pilar desenvolvimento de competências do LinkedIn revela como empresas capacitam seus times com habilidades alinhadas ao mercado. Em um mundo onde 40% dos profissionais planejam trocar de emprego por falta de capacitação, oferecer treinamentos, certificações e projetos desafiadores é essencial para reter e atrair talentos.

3. Estabilidade na empresa: combate ao turnover com cultura e retenção

A métrica de estabilidade (funcionários que permanecem por 3+ anos) reflete o equilíbrio entre satisfação e retenção. Empresas que implementam políticas de retenção eficazes conseguem reduzir a rotatividade de funcionários em até 50%, segundo estudo da Delloite. Culturas inclusivas, salários justos e flexibilidade são itens-chave de lugares bons para se trabalhar.

4. Oportunidades externas: quando a demanda por seus talentos é um termômetro

Se funcionários são frequentemente contatados por recrutadores (oportunidades externas), a empresa tem talentos valiosos — mas também risco de perda. A solução? Fortalecer vínculos com propósito, reconhecimento e benefícios personalizados.

5. Afinidade cultural: conexões que fortalecem o engajamento

O pilar afinidade de conexões entre colaboradores mede o networking interno e a coesão cultural. Empresas com culturas fortes (como Netflix e Nubank) têm 72% mais engajamento (Gallup), fator crítico contra o quiet quitting.

6. Diversidade de gênero e 7. Formação acadêmica: inclusão como motor de inovação

Equipes diversas melhoram tomadas de decisão (33% mais performance, McKinsey) e atraem millennials e Gen Z (76% priorizam diversidade, Glassdoor). O pilar formação acadêmica ainda reforça o compromisso com pluralidade de perspectivas.

8. Presença e redes de oportunidades e networking

Empresas com ampla presença geográfica oferecem mais chances de mobilidade interna e colaboração e refletem um ambiente de trabalho diversificado e mais oportunidades de desenvolvimento profissional e networking.

Conclusão: em tempos de volatilidade no mercado de trabalho, esses oito pilares são um checklist estratégico para empresas que querem reduzir custos com turnover, fortalecer employer branding e construir equipes resilientes. 

Organizações que investem nesses atributos transformam a retenção de talentos em vantagem competitiva, gerando não apenas reputação, mas resultados tangíveis para o negócio.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, e não refletem, necessariamente, a visão da SpaceMoney.