Por Gabriel Codas, da Investing.com – Em dia negativo para o mercado brasileiro de ações, a Suzano (SA:SUZB3) e a Embraer (SA:EMBR3) operam com queda na bolsa paulista; as perdas são maiores que a baixa do Ibovespa hoje. As duas companhias realizaram captação externa de US$ 750 milhões cada. Os recursos são destinados ao reforço de caixa e recompra de bônus de curto prazo.
Por volta das 15h05, os papéis da Suzano perdiam 2,72% a R$ 45,09. Já as ações da Embraer recuavam 2,28% a R$ 6,85. O Ibovespa recuava 0,69% a 98.159 pontos.
Suzano
A Suzano precificou na quinta-feira emissão de títulos de dívida no valor de US$ 750 milhões para colocação no mercado internacional e com vencimento em 15 de janeiro de 2031 (Notes 2031), segundo comunicado na fabricante de papel e celulose à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os bônus tem yield de 3,950% ao ano e cupom de 3,750% ao ano, a serem pagos semestralmente. A liquidação da oferta, precificada pela sua subsidiária integral Suzano Austria GmbH (“Suzano Austria”), está prevista para 14 de setembro.
Uma das particularidades da emissão é que as ‘Notes’ possuem indicadores de performance ambientais (KPIs) associados a uma meta de redução de intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela companhia até 2025, em linha com implementação de sua meta de longo prazo 2030 de redução de emissões.
“Assim, os novos títulos de dívida caracterizam-se como sustainability-linked bonds de acordo com os princípios promulgados pela International Capital Markets Association”, disse a Suzano. A empresa acrescentou que, voluntariamente, obteve sobre tal emissão uma avaliação de parte independente pela ISS-ESG.
Os recursos obtidos com a oferta das Notes serão utilizados para a liquidação das ofertas de recompra das Notes 2026, emitidas pela Suzano Austria, e das Notes 2024 e Notes 2025, da e Fibria (SA:FIBR3) Overseas Finance Ltd. (“Fibria Overseas”). A conclusão dessa operação está prevista para 15 de setembro.
Embraer
No caso da fabricante de aeronaves, o de prazo mais curto, de sete anos, e saiu com yield mais alto, de 7%. A taxa maior reflete as preocupações e incertezas com o setor de aviação, duramente afetado na pandemia. A empresa usará US$ 250 milhões para a recompra de bônus de prazo mais curto, com vencimentos em 2022, com taxa de 5,15%; e 2023, com yield de 5,695%.
Procurada, a Embraer informou apenas que, em média, a cada dois anos, faz esse tipo de operação para gestão do endividamento e reforço do caixa. A oferta foi coordenada por BB (SA:BBAS3), Bradesco BBI, Morgan Stanley (NYSE:MS), Natixis e Santander (SA:SANB11).