A Suzano (SUZB3) anunciou nova rodada de aumento de preços entre US$ 50 e US$ 80 por tonelada da fibra de eucalipto em todas as regiões que opera, em novembro.
Isso indica que o reajuste anunciado para outubro, também em todos os mercados, foi integralmente implementado.
Segundo a companhia, para os clientes na China, o aumento será de US$ 50 por tonelada. Na Ásia, os preços começaram a se recuperar no segundo trimestre, com o primeiro aumento em cerca de um ano aplicado pelos produtores em junho.
Levando em consideração que o preço líquido da fibra curta (BHK) no mercado chinês, medido pelo índice PIX da Fastmarkets, estava em cerca de US$ 578 por tonelada na semana passada, o valor da matéria-prima chegaria a aproximadamente US$ 630 por tonelada em novembro.
De acordo com a companhia, o reajuste na Europa será de US$ 80 por tonelada, o que totaliza US$ 980 por tonelada o preço lista.
O preço na América do Norte segue o mesmo aumento de US$ 80, o que eleva a US$ 1.170 por tonelada o preço de referência.
Suzano afirma que estoques em queda em portos de diferentes países, demanda de celulose e papel aquecida e o spread entre fibra curta e fibra longa acima dos níveis históricos dão suporte ao novo aumento.
Segundo a empresa, na China, principalmente, a demanda de celulose e papel está aquecida.
A medida leva a aumento de dois dígitos na produção em relação ao mesmo período do ano passado. Maiores exportações de papel e retomada do consumo após a pandemia explicam esse comportamento.
Já na Europa, que vinha como região mais crítica para os preços da celulose, houve retomada dos pedidos por parte das papeleiras, o que indica o final da desestocagem da cadeia de papel.
As informações são do jornal Valor Econômico.