
Desde o surgimento de notícias sobre o interesse da Suzano (SUZB3) na International Paper, a ação perdeu quase 25% de seu valor, cerca de R$ 20 bilhões em valor de mercado.
Apesar deste movimento, os analistas do BTG Pactual ressaltaram em relatório que a companhia é a mais "barata" globalmente, negociada perto dos seus mínimos históricos de múltiplos (~4,5x EBITDA 2025).
"Embora este desconto seja claramente injustificado nos fundamentos, já que esta é a produtora de "maior qualidade" na indústria (com base em curvas de custo, rentabilidade, retornos), temos argumentado extensivamente que a história de valorização de curto prazo da empresa agora é altamente binária (retornos simétricos; potencial de alta/baixa semelhante de ~15%). Isso é lamentável, pois vemos um valor profundo no nome em um horizonte de tempo mais longo", explica o BTG.
Apesar do pessimismo do mercado, o banco afirma que ainda faltam informações sobre um possível acordo. "Atribuímos uma probabilidade relevante de que essas possíveis negociações fracassem", ressaltaram os analistas.
Neste sentido, o BTG acredita que a gestão ainda merece o benefício da dúvida e acredita que seu histórico bem-sucedido em alocação de capital merece o reconhecimento.
"A Suzano já é a empresa de papel e celulose mais descontada do mundo, e em uma base independente, vemos um valor profundo no nome (potencial de valorização acima de 70%). Vemos a ação sendo negociada a 4,5x EBITDA 2025, um desconto de 35% em relação ao seu múltiplo de meio ciclo, que já consideramos bastante descontado", explicaram.
O BTG recomenda compra na ação SUZB3, com preço-alvo de R$ 82,00 em doze meses. Nesta quinta-feira (6), por volta de 10:27, as ações ordinárias da companhia subiam 0,19%, a R$ 46,73.