
A Prefeitura de São Paulo lançou nesta segunda-feira (31) o programa “Mamãe Tarifa Zero”, que garante gratuidade no transporte público para pais ou responsáveis de crianças de até 4 anos matriculadas na rede municipal.
A iniciativa é voltada a famílias cadastradas no CadÚnico e deve beneficiar cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativas da administração municipal.
O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no mesmo dia em que teve início a greve dos professores do Sesi-SP, aumentando a pressão sobre a gestão da educação no estado.
Como funciona o programa “Mamãe Tarifa Zero”
A nova política pública busca complementar o Transporte Escolar Gratuito (TEG), serviço de vans escolares já existente, mas com restrições de capacidade e cobertura. Para ter direito ao benefício, as famílias precisam atender a alguns critérios:
- Estar cadastradas no CadÚnico;
- Ter crianças matriculadas em escolas da rede municipal;
- Residir a mais de 1,5 km da creche onde o filho estuda;
- Não ser beneficiário do TEG, já que os programas não são cumulativos.
Segundo Ricardo Nunes, a proposta visa apoiar famílias que enfrentam dificuldades no deslocamento diário para levar os filhos até a escola. “Esse programa é um reforço no apoio às famílias mais vulneráveis”, afirmou o prefeito durante o anúncio.
Greve dos professores do Sesi-SP
A medida foi divulgada no mesmo dia em que os professores da rede Sesi-SP iniciaram uma greve estadual.
A paralisação envolve mais de 1.000 docentes, mobilizados por meio da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) e seus 25 sindicatos filiados.
A greve foi aprovada após dez rodadas de negociação sem acordo entre professores e representantes do Sesi. A proposta patronal de reajuste de apenas 0,33%, abaixo da inflação, foi rejeitada pela categoria, que exige:
- Reajuste salarial adequado à inflação;
- Redução do número de alunos por sala, combatendo a superlotação;
- Contratação de novos profissionais;
- Melhoria nas condições de trabalho.
O movimento afeta todas as unidades do Sesi-SP e já é considerado uma das maiores mobilizações recentes na educação privada do estado.