A Telefônica Brasil (VIVT3) conseguiu um bom crescimento de receita no primeiro trimestre deste ano, mas as margens sofreram.
Segundo o BTG Pactual, os resultados ficaram em linha com a expectativa do banco com receitas de serviços crescendo 4,3% a/a para R$ 10,6 bilhões, o maior crescimento em sete anos. As receitas de FTTH e pós-pago foram os destaques (+26% e +5,9% a/a, respectivamente), enquanto as receitas nos negócios legados caíram acentuadamente (-17% a/a).
Com R$ 4,5 bilhões, o Ebitda foi pequeno, com margem caindo 1,3 p.p. a/a para 39,7%, abaixo das expectativas, pressionado pela alta inflação e maiores receitas de aparelhos e B2B (que têm margens menores). Assim, o lucro foi de R$ 750 milhões (-20% a/a) devido a maiores despesas com D&A e juros.
Outro ponto destacado pelo BTG foi que as receitas de pré-pago foram fortes, subindo 4,7% a/a e revertendo o
tendência de baixa observada nos últimos dois trimestres.
"A Vivo começou a ajustar seus preços em março, gerando pouco impacto no crescimento do MSR no 1T22, embora esperemos que isso leve a mais crescimento no 2T", disse o BTG.
Além de seu modelo de negócios resiliente e um fluxo de caixa sólido, o banco diz que a Vivo também está negociando com uma atraente valorização de 5,1x EV/EBITDA 2022E (vs. 6,3x para pares globais) e pagando um retorno esperado de 7% em 2022, embora o capex deva ser anormalmente alto no ano devido aos seus compromissos de leilão 5G.
A recomendação é de compra com preço-alvo de R$ 64. Por volta das 12h19 desta quarta, as ações estavam cotadas a R$ 49,52, com uma queda de 2,52%.