Empresa de Elon Musk

Tesla (TSLA34) divulga balanço com novos recordes financeiros

Números foram positivos e superaram projeções, aponta Natan Epstein, sócio da Catarina Capital; confira análise

Tesla - Reuters
Tesla - Reuters

Nesta quarta-feira, a Tesla (TLSA34), fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk, divulgou um balanço trimestral com cifras animadoras e alguns indicadores que superaram as expectativas do mercado.

Analisando os dados, Natan Epstein, sócio da Catarina Capital, afirma que os números apresentados pela Tesla superaram as projeções do analistas.

A fabricante trouxe dados acima do esperado tanto em receita, que alcançou US$ 16,19 bilhões – não contando os crédito -, contra US$ 15,1 bilhões aguardados pelo mercado, quanto nas margens, que ficaram quase 3% acima do esperado  – a margem da divisão de automóveis veio em 32,9%.

"Esse foi o melhor resultado da história da empresa, superando a margem obtida no último trimestre (que ficou em 31,3%), mesmo em um ambiente de inflação global de insumos", pontua Epstein. 

Para ele, esse resultado se deu tanto por conta de um aumento no preço médio, quanto por um controle de custos melhor que o esperado. O lucro líquido, destaca, estimado pelos analistas em US$ 2,5 bilhões veio em US$ 3,3 bilhões.

Riscos 

Para Epsetein, alguns riscos de execução saíram do horizonte da Tesla nos últimos meses, especialmente as dúvidas em relação ao início de produção das fábricas de Austin e Berlin, que foram recentemente inauguradas.

Por outro lado, o sócio da Catarina Capital ressalta que outros se mantêm. O recente lockdown na China, por exemplo, afetou a produção no final de março e deverá impactar o resultado do segundo trimestre, tanto em termos de volume quanto de margem. A fábrica de Shanguai é capaz de produzir 450 mil veículos/ano, pouco menos da metade da capacidade total estimada da empresa para 2022.

"Esperamos que a fábrica de Berlin deva ajudar a melhorar as margens da empresa, uma vez que a produção destinada à Europa poderá ser feita localmente, enquanto que a planta de Austin é um passo na direção do plano da empresa de verticalizar a sua cadeia produtiva nos EUA, uma vez que será um dos principais vetores para a produção de baterias para o continente", diz sócio da Catarina Capital.

Para o futuro

Entrentanto, Epstein ressalta que um dos itens mais esperados pela Tesla, que é a parte de piloto automático, continua no futuro distante, com a empresa afirmando que pretende iniciar a versão Beta do modelo ainda esse ano, porém sem data.

De qualquer forma, o mercado parece ter gostado do resultado, já que as ações subiam cerca de 5% nas negociações after hours da Nasdaq, logo após a divulgação do balanço.