Na última quinta-feira, 13 de julho, a agência de classificação de risco Fitch Ratings publicou o rating nacional de longo prazo AAA(bra), com perspectiva estável, da TIM Brasil Serviços e Participações S.A., e atribuiu a nota AAA(bra) à primeira emissão de debêntures, no valor de R$ 4,25 bilhões, com garantias reais e prazo de cinco anos.
De acordo com os analistas, o rating reflete sua forte correlação com sua subsidiária, a terceira maior operadora de telefonia móvel do Brasil, TIM S.A – rating nacional de longo prazo AAA(bra), com perspectiva estável, da qual possui 67,0% de participação.
A Fitch pontua que o rating da TIM Brasil incorpora o forte perfil de negócios da subsidiária, sustentado por sua significativa participação de mercado e por seus indicadores de crédito conservadores, com baixa alavancagem e robusta liquidez.
A perspectiva estável, por sua vez, baseia-se na expectativa de que a TIM vai continuar a apresentar sólidos fluxos de caixa operacionais, com forte capacidade de distribuição de dividendos, que cubram o serviço das debêntures da TIM Brasil nos próximos cinco anos.
O rating contempla, ainda, o vínculo da TIM Brasil com sua controladora, a Telecom Italia S.p.A. (IDR – Issuer Default Rating – Rating de Inadimplência do Emissor BB-, perspectiva negativa).
A controladora possui 100% das ações da TIM Brasil, que possui perfil de crédito mais robusto, fortalecido por seu controle e sua proximidade com a TIM S.A.
De acordo com a metodologia da Fitch, restrições legais (ring-fencing) são permeáveis, pois não existe delimitação efetiva de dividendos, e a TIM e a TIM Brasil possuem suas próprias limitações de alavancagem.
O acesso e o controle também são permeáveis devido à presença dos acionistas minoritários da TIM e à limitada visibilidade de uma futura independência da subsidiária para administrar financiamentos externos e caixa próprios.
Esses fatores restringem uma análise do perfil de crédito da Tim Brasil, exclusivamente em bases isoladas de seu controlador.