Foi anunciado pelo Grupo TIM – antiga Telecom Italia – no último domingo (5), que, após meses de negociações, a proposta do fundo norte-americano KKR por sua infraestrutura de rede fixa na Itália foi aceita.
A oferta aprovada foi de 18,8 bilhões de euros, aproximadamente 100 bilhões de reais, e foi analisada pelo conselho de administração da companhia entre os dias 3 e 5 de novembro, recebendo 11 votos favoráveis e três contrários à venda.
Foi comunicado pelo grupo, também, que a decisão não foi e não será levada à apreciação dos acionistas, algo que o portal tele.síntese levanta como fator que desagrada a Vivendi, maior investidora da empresa de telecomunicações.
Conforme o Grupo TIM, a oferta da KKR pode subir para até 22 bilhões de euros (R$ 116 bilhões), caso determinadas condições sejam alcançadas até o fechamento do negócio – que deve ocorrer durante o verão europeu de 2024.
Foi destacado pela operadora em comunicado que, com a venda da infraestrutura fixa NetCo, a empresa espera reduzir a sua dívida financeira em cerca de 14 bilhões de euros.
A KKR também apresentou uma proposta pela Sparkle, unidade de cabos submarinos também à venda, mas o conselho não a considerou satisfatória. Houve uma extensão de prazo para até 5 de dezembro para que uma proposta vinculante mais atrativa pelo ativo seja apresentada.
“Graças à transação, a TIM, além de reduzir dívidas e liberar recursos, terá a oportunidade de atuar no mercado interno beneficiando-se da redução de uma série de restrições regulatórias e também contribuirá para manter a flexibilidade estratégica prevista no plano de simplificação operacional”, colocou a operadora, em nota.
A TIM contou com assessoria financeira de Goldman Sachs, Mediobanca e Vitale & Co para a negociação, além da consultoria jurídica do escritório Gatti Pavesi Bianchi Ludovici. Os conselheiros independentes foram assessorados por Equita, Lion Tree e Studio Carbonetti.