tipos de investimento

Confira lista com os diversos tipos de investimentos

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Ter conhecimento sobre os diversos tipos de investimento disponíveis no mercado é fundamental para decidir como compor uma carteira diversificada, que combina boa rentabilidade e segurança, ajudando o investidor a cumprir seus objetivos de vida.

Por isso, o objetivo desta Spacedica é justamente mostrar uma lista com diversas formas de aplicações, para que você possa conhecê-las melhor, indo da caderneta de poupança até as ações. Vamos indicar a forma de remuneração, as taxas cobradas, como funciona a tributação, os prazos, entre outros aspectos essenciais na hora de aplicar seu dinheiro. Tenha uma boa leitura!

Caderneta de poupança

Difícil encontrar quem não tenha ouvido falar da caderneta de poupança, seja por bons ou maus motivos. Por muito tempo, essa forma de aplicação foi sinônimo de investimento financeiro para a maioria dos brasileiros e ainda hoje continua sendo a preferência de uma parcela significativa da população, tanto pela sua segurança quanto pela sua simplicidade.

Ela funciona por meio de uma conta, que pode ser aberta em qualquer banco autorizado a atuar no mercado brasileiro. A partir disso, os depósitos são remunerados de acordo com as regras estabelecidas pelo Banco Central.

Quem deposita algum valor na caderneta de poupança precisa saber que ele só será remunerado se permanecer por lá por 30 dias. Se o saque for feito antes disso, o investidor não será penalizado, mas também não conseguirá obter a rentabilidade do período.

Depósitos feitos antes de 4 de maio de 2012, por isso chamados de “poupança antiga”, são remunerados em 0,5% ao mês + a taxa referencial (popularmente conhecida como TR), que está zerada desde setembro de 2017.

Já os aportes feitos posteriormente a essa data seguem uma regra que muda de acordo com a oscilação da Selic, a taxa básica de juros da economia nacional. Se a Selic estiver igual ou superior a 8,5% a remuneração se mantém em 0,5% ao mês + TR.

No entanto, a partir do momento em que a Selic se encontra abaixo desse patamar, o rendimento da poupança será de 70% da taxa de juros vigente. Em um cenário de Selic em queda, o rendimento da poupança tende a ser cada vez menor, muitas vezes perdendo da própria inflação.

Por outro lado, todos os depósitos de até R$ 250 mil feitos na caderneta de poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma espécie de seguro que protege o investidor caso a instituição financeira apresente problemas e não possa honrar os depósitos feitos. Outro atrativo da poupança é sua liquidez imediata. Se o investidor quiser, ele pode sacar o dinheiro a qualquer momento, sem qualquer burocracia.

De todo modo, embora seja segura e fácil de usar, o ideal para quem está à procura de retornos melhores é procurar outras formas de investimento mais atrativas, incluindo algumas das apresentadas nos tópicos seguintes.

Títulos públicos

Com cada vez mais pessoas percebendo como a caderneta de poupança nem sempre é uma boa opção de investimento, os títulos públicos vêm se tornando mais populares. Eles são uma das formas que o Estado tem para captar dinheiro e financiar suas atividades. É, de certa forma, como se ele pegasse dinheiro emprestado emitindo papéis que serão remunerados de acordo com regras específicas.

Desde 2002, os títulos públicos são negociados na plataforma chamada de Tesouro Direto, que tornou mais simples o processo para pessoas físicas que querem colocar dinheiro nos papéis do governo. E o melhor é que é possível começar com valores bem pequenos: com cerca de R$ 30 reais já dá para dar os primeiros passos nessa forma de investimento.

Para investir em títulos públicos por meio do Tesouro Direto, o interessado deve procurar um banco ou corretora que disponibilize essa opção e abrir uma conta. A instituição financeira fará o cadastro do investidor na plataforma e, a partir disso, ele próprio poderá escolher em quais papéis investir.

Os títulos do Tesouro Direito são divididos em três grandes grupos: os prefixados, os pós-fixados e os mistos. A diferença entre as categorias reside basicamente na forma de remuneração de cada um dos papéis.

Os títulos públicos prefixados, como o próprio nome dá a entender, têm sua remuneração definida no momento da compra. Assim, quem investe sabe quanto receberá no vencimento do título.

Já os títulos pós-fixados têm sua remuneração atrelada a um indicador da economia que costuma ser a Selic. Nesses casos, oscilações na taxa afetarão a rentabilidade, tornando impossível saber qual será a rentabilidade obtida até o vencimento do papel.

Por fim, temos os títulos mistos, também chamados de híbridos. Eles combinam em um mesmo papel a remuneração garantida por uma taxa fixa mais a variação entregue por um indicador da economia. Normalmente, isso é feito utilizando a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgada mensalmente pelo IBGE.

Para decidir qual o título mais adequado para você, é necessário avaliar quais são os seus objetivos e por qual prazo o investimento será feito, já que a liquidez também varia de um papel para outro.

Quem quer se proteger da inflação, por exemplo, deve dar prioridade aos papéis mistos. Já quem não sabe quando precisará do dinheiro de volta tem nos títulos atrelados à Selic uma opção mais interessante.

Embora não sejam garantidos pelo FGC, os títulos públicos são bastante confiáveis, já que as condições de pagamento do Tesouro Nacional, que é quem garante esses papéis, são muito altas, superior, inclusive, aos bancos do país. Por isso, é pouco provável que seus títulos apresentem algum problema.

Na hora de investir no Tesouro Direto, também é necessário ficar de olho nas taxas e nas alíquotas dos tributos, ainda que elas não sejam altas. É preciso arcar com a taxa de custódia (que é obrigatória) e a taxa de administração cobrada por alguns bancos e corretoras, mas da qual é possível ficar isento. Além disso, observe a tributação do imposto de renda e do IOF (esta última apenas para investimentos de menos de 30 dias).

Títulos privados

Títulos privados funcionam de forma parecida com os títulos públicos, com a diferença de que são emitidos por instituições financeiras privadas, que os utilizam para captar recursos para emprestar a outros clientes ou financiar determinadas atividades. Ou seja, nesses casos, o investidor está emprestando dinheiro a essas empresas, em troca da remuneração estabelecida dentro de um determinado prazo.

Alguns dos títulos privados de renda fixa estão entre as opções mais populares entre todos os tipos de investimento. Como exemplo disso, podemos citar os CDBs, as LCI/LCA, as letras de câmbio e as debêntures. Embora elas façam parte de um mesmo grupo de aplicações, contam com algumas particularidades que destrinchamos logo abaixo.

CDB

Os certificados de depósito bancário (CDB) já são bastante populares, principalmente por conta da rentabilidade mais atrativa que as da caderneta de poupança. De forma similar aos títulos públicos, os CDB são divididos também entre prefixados, pós-fixados e híbridos. As opções mais buscadas são aquelas cuja rentabilidade fica atrelada ao CDI, índice que quase sempre está próximo a Selic.

Os CDB contam com liquidez diária ou de acordo com uma data predeterminada. Todos os depósitos feitos dentro do limite coberto são garantidos pelo FGC. Por isso, considere a tributação do IR e do IOF, para aplicações com menos de 30 dias.

LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são bastante similares, por isso foram colocadas juntas. Elas se diferem apenas na destinação do dinheiro: a primeira financia atividades do setor imobiliário, enquanto a segunda do setor imobiliário, ambos importantes para a economia nacional

Eles são divididos de acordo com a forma de cálculo da rentabilidade e, geralmente, têm liquidez menor, com prazos de vencimento mais alongados. Por outro lado, costumam oferecer uma grande vantagem: a isenção do imposto de renda.

Letras de câmbio

As letras de câmbio são outro tipo de título privado muito similar ao CDB e às LCI/LCA. A diferença é que elas são emitidas por sociedades de crédito, de financiamento e de investimento para captar recursos, diferente das outras opções, cujas emissões são feitas pelos bancos.

Tal aspecto pode ser interessante para quem está em busca de opções de títulos privados com rentabilidade maior do que aquelas obtidas nas alternativas mais populares. Com risco um pouco mais elevado, é comum que as LCs tenham taxas de rentabilidade maiores, para se tornarem mais atrativas em comparação aos CDBs e às LCI/LCA. De toda forma, elas também são garantidas pelo FGC.

Debêntures

Debêntures são títulos emitidos por empresas que desejam captar recursos financeiros junto a investidores, para que possam ser utilizados para fazer investimentos, pagar dívidas ou quaisquer outras pendências inerentes ao funcionamento do negócio.

Eles podem ser remunerados de forma fixa ou variável e, geralmente, são indicados para prazos de investimento maiores. No final, algumas debêntures podem ser convertidas em ações da empresa. A tributação é a mesma dos CDB (imposto de renda e IOF) e não há cobertura do FGC.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento funcionam captando recursos de vários investidores e alocando-os em determinadas opções de investimento definidas de acordo com o tipo do fundo. Cada investidor de um fundo é chamado de cotista e todo o dinheiro é convertido em cotas. Na prática, isso faz com o que objetivo de um fundo seja a valorização dessas cotas.

Todo fundo é administrado por um ou mais gestores, que tomam as decisões sobre como e quais investimentos serão feitos. No entanto, isso não é feito de forma totalmente livre, já que eles precisam seguir o regulamento do fundo, que determina em que tipos de ativos os recursos poderão ser aplicados. A gestão deve atuar para acompanhar ou superar algum índice de referência.

Existem quatro grandes modalidades de fundos de investimentos: os de renda fixa, os de ações, os cambiais e os multimercados.

Um fundo de renda fixa, por exemplo, é aquele que coloca ao menos 80% dos recursos em aplicações de renda fixa. Todavia, dentro dessa classificação, há diversas subcategorias.

Os fundos de investimento são uma boa opção para quem quer ter mais alternativas de diversificação da sua carteira de investimento, para quem quer contar com a supervisão de um profissional na gestão do dinheiro investido e para quem está em busca de retornos melhores.

Por outro lado, apresentam riscos maiores e custos mais elevados. Quem investe em fundos deve arcar com taxas de administração e de performance, que remuneram a gestão do fundo. Além disso, imposto de renda e IOF incidem sobre essa forma de aplicação, que não é coberta pelo FGC.

Ações

As ações são a menor parte de uma empresa de capital aberto. Dessa forma, quem compra o papel de uma determinada empresa está se tornando sócio dela e, a partir disso, pode obter ganhos se a companhia crescer de forma satisfatória. Por outro lado, caso haja algum problema que comprometa o desempenho da empresa, as ações perdem valor.

A principal característica das aplicações em ações é que elas são um investimento de renda variável.

Ou seja, não é possível saber de forma antecipada qual será a rentabilidade obtida. Além disso, elas contam com uma volatilidade muito alta, com cotações que oscilam a todo momento, inclusive no mesmo dia.

Os interessados em investir em ações podem fazer isso por meio de fundos de investimento ou individualmente. Nesses casos, será necessário procurar uma corretora, abrir uma conta para só então ter acesso à plataforma na qual acontecem a compra e a venda dos papéis.

Para investir em ações por meio de uma corretora, será necessário desembolsar os custos de algumas taxas, que podem pesar bastante e comprometer a rentabilidade. Entre as mais comuns estão as taxas de custódia, de corretagem e as operacionais. Elas também são chamadas de emolumentos, que incidem sobre cada compra e venda de um papel. Os impostos de renda e o IOF estão presentes. Os fundos de ações também têm seus custos.

Agora que você sabe mais sobre vários tipos de investimentos, pode procurar por aqueles mais adequados ao seu perfil de investidor e aos seus objetivos, sempre visando a diversificação da sua carteira, para ampliar os ganhos e minimizar os riscos.

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