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Título do Tesouro Direto sofre mais com turbulência política que com caminhoneiros

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Os títulos de renda fixa do governo negociados no Tesouro Direto foram impactados em março pelas incertezas no cenário político quanto à aprovação da reforma da previdência. Os ativos de prazos mais longos foram os principais afetados, de acordo com o Índice de Mercado Anbima (IMA) da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Os preços dos papéis oscilam diariamente, de acordo com as taxas de juros no mercado. Quando as taxas sobem, os preços dos títulos caem e aparecem como perdas para o aplicador. Quando os juros caem, os preços sobem e o investidor tem ganhos. E, em março, as taxas oscilaram bastante, de acordo com o otimismo ou a tensão entre governo e Congresso ou no exterior. As taxas começaram março em queda, em meio ao otimismo do mercado, depois passaram a subir, mas fecharam o mês perto da taxa do início do mês.

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Essa oscilação é normal e não deve assustar o investidor que está aplicando em papéis longos para a aposentadoria e que não vai precisar do dinheiro agora. As perdas são apenas virtuais, válidas apenas para quem for vender o papel agora. Para quem vai levar o papel até o vencimento, o rendimento será exatamente aquele acertado na época da aplicação, sem perdas. Por isso é importante usar apenas o dinheiro que não vai ser necessário no curto prazo para comprar esses papéis mais longos, que oscilam mais.

Segundo levantamento da Anbima, a volatilidade do IMA-B5+, que reflete as NTN-Bs (Tesouro IPCA+, papéis corrigidos pela inflação do IPCA mais juros) acima de cinco anos, superou a variação verificada na greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado, se aproximando ainda daquela observada no período de eleição presidencial.

Quanto aos retornos em março, o IRF-M, que acompanha as carteiras de papéis com juros prefixados, como as LTNs e as NTN-Fs, apresentou variação positiva de 0,70% até o meio dia de sexta-feira, dia 29. O IRF-M 1+, que engloba os prefixados acima de um ano, avançou 0,79%.

Entre os ativos indexados, o IMA-B 5, composto por NTN-Bs de até cinco anos, teve a melhor performance do período, de 0,85%, e o IMA-B 5+ chegou a 0,51%.

 

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