Renda Fixa

Títulos prefixados e indexados de longo prazo registram os maiores retornos de setembro, diz Anbima

Fim do ciclo de alta dos juros contribui para valorização dos índices que acompanham ativos de vencimentos mais longos

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IMA-Geral (Índice de Mercado ANBIMA, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que reflete a carteira de títulos públicos marcada a mercado, registrou variação de 1,26% em setembro, o que contribui a uma valorização acumulada de 7,80% no ano.

No mês, os destaques foram os subíndices de maiores prazos de vencimento: o IRF-M 1+ (carteiras prefixadas acima de um ano), com rentabilidade de 1,58%, e o IMA-B5+ (NTN-Bs acima de cinco anos), que rendeu 2,39%.

Entre os indicadores de prazos mais curtos, o IRF-M 1 (prefixados até um ano) apresentou retorno de 1,11%, enquanto as NTN-Bs de até cinco anos, refletidas no IMA-B5, variou 0,42%. O IMA-S, que acompanha a carteira das LFTs em mercado, avançou 1,11%, resultado decorrente do alto patamar dos juros.

“A decisão do Banco Central de encerrar o ciclo de alta da taxa Selic confirmou as expectativas de boa parte do mercado. Na percepção dos agentes, isso fez aumentar as possibilidades de os juros começarem a se reduzir de forma gradual, no médio prazo, à medida que melhorem os balanços de riscos inflacionários”, avalia Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.

Segundo ele, os resultados do IPCA e do IPCA-15 divulgados em setembro (deflações de 0,36% e 0,37% respectivamente) confirmam essa melhora, mas riscos inflacionários relevantes permanecem no radar dos investidores, sobretudo diante das incertezas no quadro fiscal e no cenário externo.

Os resultados acumulados no ano refletem as dúvidas e o cenário de juros altos na economia. O melhor desempenho em 2022 até o momento vem das carteiras das LFTs em mercado, replicadas pelo IMA-S, que registram variação de 9,22%.

IRF-M 1+ e o IMA-B5+, que apresentaram os maiores retornos de setembro, variam no ano em 6,25% e 5,10 %, nesta ordem.

Entre os subíndices do IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), que reflete uma carteira de títulos corporativos marcados a mercado, a melhor performance de setembro foi do IDA-DI (debêntures indexadas à taxa DI diária de menor prazo), com variação de 1,30%, seguida do IDA IPCA ex-infraestrutura (debêntures indexadas ao IPCA que não contam com incentivos fiscais), que apresentou retorno de 1,11%.

Já o índice que representa a carteira das debêntures incentivadas (IDA-IPCA Infraestrutura) avançou 0,29% em setembro. O IDA-Geral teve alta de 0,93% no mês, o que corresponde a uma valorização acumulada no ano de 8,5%.

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