Assessores de Donald Trump, recém-eleito presidente dos Estados Unidos, estão discutindo a criação de um cargo inédito para um “embaixador da liberdade de expressão”.
O objetivo da posição seria combater o que Trump e sua equipe veem como “perseguição” por parte de redes sociais, governos e órgãos judiciais contra influenciadores, políticos e ativistas da direita ao redor do mundo.
De acordo com informações repassadas a bolsonaristas, o caso brasileiro seria uma das prioridades desse representante, devido às sanções judiciais e suspensões de contas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ideia foi compartilhada por assessores de Trump com pessoas próximas a Bolsonaro logo após a vitória do republicano nas eleições.
Entre os apoiadores de Trump, há o entendimento de que o Brasil representa um caso emblemático para a nova função, dada a situação de influenciadores e figuras políticas da direita brasileira que enfrentaram bloqueios e outras restrições, em especial nas redes sociais, sob acusações relacionadas à disseminação de informações falsas e discursos de ódio.
Embora o nome do titular da função, caso seja formalmente criada, ainda esteja em aberto, uma figura especulada para liderar o cargo é o empresário Elon Musk.
No entanto, há relatos de que Musk, por sua ligação com a área tecnológica e inovação, pode ser mais direcionado a um papel relacionado à inovação digital dentro do governo Trump.
Durante as celebrações da vitória de Trump na Flórida, aliados do ex-presidente norte-americano mencionaram também a gratidão de Trump em relação à Jair Bolsonaro.
O ex-presidente brasileiro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer oficialmente a vitória de Joe Biden em 2020, o que consolidou um laço de apoio entre ambos.
Inclusive, Bolsonaro chegou a ter um contato telefônico breve com Trump logo após a recente eleição, com a intermediação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).