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TSE incluiu "minuta do golpe" em ação que pode tornar Bolsonaro inelegível

Justiça Eleitoral deu três dias de prazo para que a coligação encabeçada pelo ex Presidente se manifeste

- REUTERS/Adriano Machado
- REUTERS/Adriano Machado

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, decidiu incluir a chamada “minuta do golpe” em uma das ações movidas pelo PDT que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No pedido, o partido de oposição a Bolsonaro alegava que a minuta tinha conexão com a ação movida que questionava a reunião promovida pelo então presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada no ano passado em que levantou questionamentos infundados sobre o processo eleitoral.

O ministro do TSE deu três dias de prazo para que a coligação encabeçada por Bolsonaro se manifeste sobre o caso.

No final de semana, após chegar dos Estados Unidos, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso por ordem do STF após ter tido uma atuação considerada leniente para impedir a destruição dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Em uma busca e apreensão feita na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que procurava estabelecer as condições para a reversão da vitória eleitoral do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de um estado de defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um indicativo de que poderia haver um golpe de Estado em curso por extremistas.

Bolsonaro, que está nos EUA, local de onde condenou os ataques aos Poderes, nunca reconheceu sua derrota para Lula em outubro passado e segue lançando dúvidas contra o atual sistema eletrônico de votação.

Uma das principais preocupações de aliados do seu partido, o PL, segundo duas fontes, é ele ser condenado pelo TSE e ficar inelegível, o que poderia dificultar os planos de expansão da legenda nas eleições municipais de 2024 e impediria ele de concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2026.

Bolsonaro responde a 15 ações que podem torná-lo inelegível.