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UBS corta preço alvo da XP Inc. e vê papel com neutralidade

Por Gabriel Codas

Investing.com – O UBS divulgou nesta sexta-feira relatório que cortou o preço-alvo das ações da Xp Inc, listada na Nasdaq, em 33% para US$ 28, mantendo a recomendação neutra.

Com isso, por volta das 17h, os ativos da XP Investimentos na bolsa americana tinham perdas de 11,38% a US$ 22,82. Na visão da equipe, as ações estão negociadas no preço-justo na proporção de 61x PE 20E e 2,2x PEG.

O documento destaca que, desde a máxima, os papéis tiveram perdas de 39%, sendo negociada agora um pouco abaixo do valor do IPO, o que reflete principalmente as incertezas relacionadas à COVID-19. Nos dados preliminares do 1T20, a AUC total da XP caiu cerca de 11%, refletindo a depreciação do mercado de ações.

Os analistas incorporaram os dados preliminares operacionais do 1T20 ao modelo e revisaram as estimativas, refletindo as implicações do COVID-19, como menores entradas líquidas; receita de varejo (sem taxa de desempenho, taxa de distribuição primária); e receita do emissor.

Eles reduziram as estimativas totais de AUC em 16% em 2020E (em R$ 492 bilhões) e em cerca de 4 a 11% em 2021-24E. Com isso, cortaram o adj. EPS em 5-14% em 2020-24E.

O relatório informa que a equipe fez um call com Carlos Lazar (Diretor de RI) e Andre Martins (RI), com as principais conclusões: suporte aos IFAs de ~ 7k por meio de um pacote de incentivo de R$ 50 milhões com metas de ativação do cliente; adições e entradas líquidas desaceleraram em abril devido a restrições de bloqueio; entradas líquidas de ações e saídas de renda fixa (baixas taxas de juros); efeito positivo no rendimento da receita de varejo devido à menor AuC, mas provavelmente nenhuma taxa de desempenho em 2020; desaceleração da receita de serviços do emissor; cerca de 60% dos custos e despesas são variáveis ​​(comissão e bônus); e as expectativas de pagamento de dividendos inalteradas em 30%.

Além disso, os analistas destacam que poderiam estar mais otimistas no XP, se a AUC crescer mais rápido do que o esperado com mais clientes/entradas, enquanto uma recuperação de macro mais lenta do que o esperado após o COVID-19 e maior aversão ao risco podem tornar mais negativos.

A equipe realizou uma análise de sensibilidade para entender as possíveis implicações no lucro líquido para 2020e do crescimento da AUC e do rendimento da receita de varejo. Cada variação de 3pp no ​​crescimento da AUC afeta o lucro líquido de 2020e em 2,6%. Da mesma forma, cada variação de 3pb no rendimento da receita de varejo afeta o lucro líquido de 2020e em 5,6%.

Os principais riscos incluem crescimento econômico mais lento, concorrência, o fim da exclusividade da IFA, um potencial conflito de interesses com o Itaú, execução e regulamentação.