UBS eleva preços-alvo de grandes bancos; Bradesco segue sendo o preferido no setor

Por Gabriel Codas

Investing.com – O UBS divulgou nesta quinta-feira relatório reduzindo as estimativas de lucros para os bancos brasileiros, apesar de elevar os preços-alvos. Bradesco (SA:BBDC4), com alvo indo de R$ 27 para R$ 28, segue sendo a preferida dos analistas, enquanto que Itaú Unibanco (SA:ITUB4) foi de R$ 27 para R$ 32 e Santander Brasil (SA:SANB11) de R$ 30 para R$ 32.

A equipe reduziu ainda mais as estimativas de lucro dos grandes bancos brasileiros para incorporar os resultados mais fracos do que o esperado no 1T20 e o cenário macro mais difícil (também reduziram o custo de capital em 75 bps, mais do que compensando o impacto da redução de lucro por ação (LPA) nos preços-alvo).

Agora, eles esperam uma contração do LPA de 34% em 2020 em média para os bancos de varejo brasileiros de cobertura do banco, seguidos por uma recuperação em 2021 (crescimento de 40% do LPA). A estimativa do PLA para 2021 deve ficar 8% abaixo dos números de 2019.

Os analistas avaliam que o Bradesco ainda é o nome preferido na América Latina. Eles enxergam o banco negociando com uma avaliação atraente (1,4x PBV20E), que é o principal fator da visão positiva sobre o nome. A equipe prevê um ROAE de 13% em 2020 e 17% em 2021 – estimando que a rentabilidade do banco não excederá o custo de capital do banco apenas em 2020.

No caso do Itaú Unibanco, a equipe aponta que a insituição reforçou seu balanço patrimonial no 1T20, devido a uma contração relevante em sua posição de capital. Eles acreditam que o custo do risco do banco continuará alto nos próximos trimestres (mas não aumentando).

O preço-alvo foi elevado para o Itaú à medida que o UBS mudou a maneira como incorporou a Xp Inc (NASDAQ:XP) no preço do Itaú (XP representa cerca de R$ 4 por ação do Itaú, ou 13% do alvo). O novo preço-alvo para Itausa (SA:ITSA4) aumenta para R$ 12 por ação (de R$ 11 anteriormente) e também mantém o objetivo de desconto de 15% para Itausa.

Diferentemente de outros bancos, o custo de risco do Santander Brasil (SA:SANB11) não aumentou significativamente no 1T20 e o UBS acredita que o banco alcançará seus pares em termos de custo de risco nos próximos trimestres (estimativa um CR de 5,6% em 2020 para o Santander vs. 5,7% de seus pares).