Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com – Ainda que as perspectivas para a Notre Dame Intermédica permaneçam boas, o fato de a maior parte dos aspectos positivos já estarem precificados faz com que a UBS rebaixe para neutra sua recomendação, que antes era de compra, apesar de defender a qualidade dos papéis. Essa é a tese apresentada em relatório distribuído na quinta-feira (2), que também revisa o preço-alvo das ações, de R$ 63 para R$ 73.
Ao final da sessão de hoje, os papéis da Notre Dame (SA:GNDI3) tiveram baixa de 4,07%, a R$ 65,50. Desde o início do ano, as ações da companhia tiveram performance 20% superior à do Ibovespa.
Vinicius Ribeiro e Gustavo Piras Oliveira, analistas responsáveis pelo relatório, pontuam que a defensividade da empresa em meio a uma recessão, a execução disciplinada de iniciativas orgânicas e fusões e aquisições apoiam o potencial de crescimento previsto para 2021 e 2022.
Além dos aspectos que já constavam na análise do banco, a aquisição da Santa Mônica, anunciada na semana passada, aumenta ainda mais o potencial de ganho de mercado da Notre Dame, pois abre mais espaço em Minas Gerais, especialmente ao considerar a capacidade hospitalar, o potencial para novas fusões e aquisições e o histórico da companhia em replicar seu modelo de negócios com sucesso. Com isso, a UBS determina as estimativas de crescimento no número de beneficiários em 2% para 2023 e 6% no longo prazo.
No entanto, a tese do banco é que a valuation atual, de 42x P/L 2020, já precifica a maior parte dos pontos positivos previstos para a Notre Dame, o que significa uma relação risco/recompensa menos atrativa e um potencial de upside limitado, de cerca de 7%, apoiando o rebaixamento para neutra.