Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A Usiminas (SA:USIM5) publicou números muito sólidos em seu balanço do quarto trimestre, superando em 20% as estimativas do BTG Pactual, de acordo com relatório publicado pelo banco nesta quarta-feira (17), que prevê que os números devem melhorar ainda mais.
Por acreditar que a companhia deve continuar a surpreender positivamente o mercado, o banco defende que “o momentum dos lucros é forte demais para ser ignorado” e recomenda Compra, com preço-alvo de R$ 17.
Perto do fechamento do mercado, por volta das 17h40, o papel disparava 5,78%, a R$ 15,01, depois de ter registrado mínima de R$ 14,34 e máxima de R$ 15,08 ao longo do dia, com R$ 330,8 milhões em volume negociado. O Ibovespa, também no verde, subia 0,91%, aos 120.518 pontos.
O Ebitda, de R$ 1,45 bilhão, ficou 21% acima da projeção do BTG, em alta de 76% na comparação com o terceiro trimestre. O principal motivo para essa alta, segundo o banco, foi a receita líquida por tonelada de aço no mercado interno.
Mais especificamente em relação ao aço, o banco menciona “resultados excelentes à medida que os aumentos de preços se tornam aparentes”. O Ebitda ajustado da unidade foi de R$ 454 milhões, contra R$ 157 milhões no 3T e 20% acima das estimativas do BTG. As vendas foram de 1,113 Mt, 1% acima da projeção.
O principal fator que superou as estimativas, no entanto, foi a receita líquida por tonelada, com alta de 14% trimestre a trimestre. Na visão do banco, isso se deve principalmente aos aumentos de preços anunciados durante o 3º trimestre, o que indica que a receita por tonelada deve subir ainda mais com novas rodadas de aumentos de preços.
A mineração também foi um destaque no trimestre, com Ebitda de R$ 958 milhões, 10% acima da projeção do BTG. O principal fator para a melhora dos resultados foi a alta nos preços do minério de ferro. As vendas, de 2,3Mt, ficaram em linha com a projeção do banco.
O BTG destacou ainda a geração sólida de fluxo de caixa livre, que totalizou mais de R$ 900 milhões no trimestre, e o fato de a empresa ter passado para níveis de endividamento muito baixos. A dívida líquida ficou em R$ 1,1 bilhão, bem abaixo da projeção do banco, que resume: “A Usiminas está agora em uma encruzilhada e preparada para assumir programas de investimentos maiores, dado o quão pouco alavancada a empresa está.”