Vale: ecos de Brumadinho podem durar 8 anos

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Quase 200 mortos, mais de 130 desaparecidos, perda de R$ 70 bilhões de valor de mercado, destruição de uma reputação e aumento do endividamento. A tragédia de Brumadinho, devastada pelo rompimento da barragem de rejeitos da Vale no Córrego do Feijão, custará mais do que isso para a comunidade local e outros stakeholders da empresa, deixando a lição de que é preciso repensar a governança corporativa das companhias brasileiras, principalmente no que se refere à gestão de riscos. O assunto é tema da edição especial da Revista RI, que traz a análise de especialistas em gestão de crise e governança corporativa.

A situação da empresa é drástica e remete ao conceito de tempestade perfeita, situação na qual um evento não favorável é drasticamente agravado pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, transformando-se em um desastre. Neste caso, entretanto, foi a “avalanche perfeita” demorará de seis a oito anos para que a Vale se recupere do tombo. “É preciso entender que custo evitado é lucro. Por isso é tão importante adotar medidas preventivas com análises de risco que vão além das questões econômico-financeiras, mas também ambientais, incluindo nesta avaliação a sociedade. Aquele gestor do século 21 que só trabalha gerenciando risco financeiro e econômico voltado para a lucratividade da empresa, vai ser penalizado sobretudo nos processos produtivos que podem ter grandes interações com o meio ambiente”, afirma Felipe Brasil da Costa, doutor em agronomia pela UFRJ e professor da Universidade Veiga de Almeida, em entrevista à RI.

A revista já pode ser conferida em sua versão digital no site: www.revistaRI.com.br.

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