Em relatório divulgado ontem (31) pela Vale (VALE3), a companhia atingiu 80,8 milhões de toneladas métricas no quarto trimestre de 2022, em produção de minério de ferro.
O montante representa uma queda de 9,9% sobre o resultado do trimestre anterior e um recuo de 1% comparado com o volume registrado no mesmo intervalo de 2021.
Em comparação ao trimestre passado, houve uma redução de produção no Sistema Norte, comprovada principalmente pelos níveis de chuva sazonalmente maiores e pelo desempenho de Serra Norte.
Nos Sistemas Sudeste e Sul, a produção também caiu trimestre a trimestre, com as chuvas na região de Minas Gerais.
“Além disso, o desempenho do Sudeste foi impactado pela manutenção planejada dos equipamentos de mina de Alegria, enquanto os resultados do Sistema Sul foram impactados por menores compras de terceiros”, explicou a Vale.
No ano passado, a Vale acumulou uma produção de 307,8 milhões de toneladas de minério de ferro, abaixo da projeção de 310 milhões de toneladas do ingrediente siderúrgico para 2022.
Em relação a 2021, o volume caiu 1,6%, em razão dos atrasos de licenciamento em Serra Norte; e processamento de estéril jaspilito e performance operacional no S11D.
Fatores o qual foram parcialmente compensados por um ramp-up contínuo da produção em Vargem Grande, uma produção maior via processamento a seco em Brucutu e maior compra de terceiros, explicou a Vale.
A companhia tem guidance de produção de minério de ferro entre 310-320 milhões de toneladas para 2023.
A produção de pelotas no quarto trimestre contraiu 8,9% ano a ano, totalizando 8,26 milhões de toneladas.
Já as vendas subiram 3,6% na mesma base de comparação.
As vendas trimestrais de finos de minério de ferro caíram 0,7% em relação a 2021, mas dispararam 24,2% em comparação com o terceiro trimestre.
As vendas de níquel subiram 31,4% no comparativo trimestral, refletindo a conversão dos estoques formados no trimestre anterior em vendas.
As vendas de finos de minério de ferro e pelotas totalizaram aproximadamente 90 milhões de toneladas no quarto trimestre.
O prêmio all-in totalizou US$ 5,40/tonelada, contra US$ 6,6/tonelada no terceiro trimestre, principalmente devido a menores prêmios contratuais de pelota, após prêmios recordes no terceiro trimestre.