As ações de varejo cobertas pela XP Investimentos já caíram 43% desde o início de fevereiro, e o isolamento social devido ao coronavírus deve ser um golpe para o setor. Em relatório de hoje (19), a consultora analisa que os principais impactos vem do choque de demanda pontual e potencial choque de oferta, e empresas médias e pequenas vão sofrer muito mais. Grandes varejistas como Renner e Via Varejo ainda são top-picks.
“Varejistas pequenas e médias devem sofrer um impacto ainda maior no curto prazo, pois tem acesso mais limitado a crédito, operam com dias de estoques mais curtos, têm um ciclo de caixa mais apertado e um menor poder de barganha com fornecedores”, afirmam analistas.
Apesar da crise, a XP se utiliza do exemplo da China, que já está em período de normalização da pandemia e também teve quedas no setor, e aponta quatro pontos para manter em mente.
Os impactos nas vendas devem se acentuar no curto prazo e grandes varejistas estarão melhor posicionadas. Apesar disso, a “mortalidade” de companhias menores impacta outras maiores, expostas a elas. Como por exemplo, a B2W, em que ~65% das vendas é via marketplace, ou Carrefour, com o “atacarejo.”
Sub-setores de consumo básico como mercados e farmácias serão menos afetados, e até ganham no curto prazo, enquanto vendas de ticket alto – eletrodomésticos, móveis, celulares – serão “postergadas” por consumidores.
Por fim, o e-commece é visto como uma via rentável em comparação ao varejo físico.