O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acima da taxa de 0,86% registrada em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%
O IPCA já acumula alta anual de 2,05%. Já em 12 meses, a alta acumulada é de 6,10%. Os principais impactos do mês passado foram provenientes dos aumentos nos preços de combustíveis (+11,23%) e do gás de botijão (+4,98%).
O que dizem os analistas
Apesar do crescimento, a inflação veio abaixo da mediana do mercado de 1,03%, segundo a Ativa Investimentos. Para a corretora, que tinha projeção para a inflação de março de 1,06%, houve uma superestimação das variações projetadas para os Combustíveis e Higiene Pessoal.
A Ativa projeta alta da inflação em 0,68% para abril. Já para o final de 2021, a expectativa é de alta de 4,94%.
O Banco MUFG Brasil também projeta alta para o próximo mês. A expectativa do banco é de que a inflação em abril seja de alta de 0,45% “devido à forte desaceleração dos preços dos combustíveis, enquanto podemos observar alguma pressão dos preços dos alimentos”.
Ainda nesta sexta-feira, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que grande parte dos fatores que estão causando a elevação da inflação são “temporários”.
“Entendemos que há uma dissipação, que a valorização da moeda tem um impacto na persistência, mas, para nós, o importante é o que acontece na inflação. Reconhecemos tudo isso, mas vemos que muito disso é temporário. Mesmo no número que saiu hoje [sexta-feira], você pode ver isso”, disse Campos Netto em um evento organizado por uma empresa do mercado financeiro.
*Com informações de G1 Economia