Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O Copom deve anunciar mais uma alta na taxa Selic quando a sua reunião terminar no fim do dia.
Os maiores exportadores de petróleo do mundo se reúnem para decidir cotas de produção para março. Se eles podem viver de acordo com eles é outra questão.
A Alphabet (SA:GOGL34) (NASDAQ:GOOGL) dá um pouco de vida às ações de tecnologia com fortes resultados que definem um alto padrão para o proprietário do Facebook (NASDAQ:FB), Meta, na quarta-feira.
A ADP divulga seus números mensais de folhas de pagamento privadas, e o problema da inflação na zona do euro está piorando antes de melhorar.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 2 de fevereiro:
1. Juros no Brasil
O mercado hoje será guiado pela expectativa sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a Selic. Após cinco anos, a taxa de juros deve retornar ao patamar de dois dígitos.
O consenso entre os investidores é que a taxa suba 1,5 p.p., de 9,25% para 10,75% ao ano.
A alta vem em meio a uma inflação mais alta apresentada pelo IPCA-15 de janeiro, que ficou em 0,58%.
Além disso, no cenário internacional, o Federal Reserve também já sinalizou que pretende aumentar os juros nos Estados Unidos a partir de março.
Segundo o Boletim Focus desta semana, a previsão é que a taxa Selic termine o ano em 11,75% a.a. e a aposta do mercado é que a taxa permaneça alta por um bom tempo.
Isso porque os juros de longo prazo estão sendo operados acima de 11%.
2. A Alphabet supera as expectativas
A Alphabet, controladora do Google, deu um tiro no braço muito necessário para as ações de tecnologia após o fechamento na terça-feira (1), quando relatou fortes resultados trimestrais que mostraram alta demanda por espaço publicitário em suas plataformas de pesquisa e YouTube, bem como em sua nuvem.
A receita do quarto trimestre aumentou 32%, para US$ 75,33 bilhões, enquanto o lucro aumentou em valor semelhante.
No entanto, o crescimento da receita foi o mais lento em cinco trimestres, e sugerem que o boom sem precedentes da era da pandemia desaparece aos poucos, enquanto os negócios de nuvem continuam com prejuízo, pois a empresa gasta muito em novos negócios.
As ações da Alphabet subiram 10,2% no pré-mercado, e comepnsavam todas as perdas de janeiro.
3. Reunião da OPEP+
Os maiores exportadores de petróleo do mundo se reúnem para definir cotas de produção para março, e a reunião provavelmente terminará em decepção para aqueles que esperam um aumento mais rápido na oferta.
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Os ministros da OPEP se reunirão às 9:00 e tomarão uma posição comum em sua reunião com produtores não-OPEP às 10h.
Eles devem ser concluídos quando os EUA divulgarem os números de inventário semanais às 12h30.
Os futuros do petróleo estavam estáveis antes da reunião, ainda perto dos máximos de sete anos.
Às 08h54, os futuros do petróleo nos EUA recuavam 0,03%, a US$ 88,17, enquanto os de Brent caíam 0,26%, a US$ 88,93.
4. Ações com abertura em alta; a enxurrada de ganhos continua
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta mais tarde, já que os ganhos da Alphabet restauram um pouco da confiança nas perspectivas para a tecnologia – mesmo que o status dominante (e o poder de precificação) que ela comanda em seus negócios principais não seja algo que realmente se aplique a maioria das outras ações do setor.
Às 08h55, os futuros da Nasdaq 100 subiam 1,43%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones avançavam 0,71% e 0,09%, respectivamente.
Outras ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem Starbucks (NASDAQ:SBUX) e Advanced Micro Devices (NASDAQ:AMD), que também divulgaram os resultados na terça-feira – a primeira decepcionante com seu orientação e este último a superar as expectativas.
AbbVie (NYSE:ABBV), Thermo Fisher (NYSE:TMO), DR Horton (NYSE:DHI) e Humana (NYSE:HUM) ) relatam posteriormente, juntamente com Boston Scientific (NYSE:BSX), Waste Management (NYSE:WM) e Emerson (NYSE:EMR).
Qualcomm (NASDAQ:QCOM) e T-Mobile lideram a lista de atualizações tardias.
5. Folhas de pagamento da ADP são atingidas pela Ômicron
O mercado de trabalho dos EUA estará em foco mais tarde, com a avaliação mensal da ADP das folhas de pagamento privadas em janeiro.
Pode ser mais difícil do que o normal distinguir ruído de sinal nos dados desta semana: a Casa Branca, na terça-feira (1), deu uma forte sugestão de que espera um número muito fraco para o crescimento da folha de pagamento na sexta-feira (4) devido ao impacto da variante Ômicron.
Analistas esperam que o número de ADP chegue a 207.000, abaixo dos 807.000 em dezembro.
Apesar disso, outros dados continuam a sugerir que o mercado de trabalho continua apertado.
As vagas de emprego nos EUA subiram novamente em janeiro para perto de seu recorde histórico, de acordo com a pesquisa mensal JOLTS divulgada na terça-feira (1).
Já na Europa, a inflação na zona do euro subiu surpreendentemente para um novo recorde histórico de 5,1%, uma vez que a disparada dos preços da energia impediu que a queda esperada se materializasse.
