O Copom(Comitê de Política Monetária), do Banco Central (BC), decidiu nesta quarta-feira (5) elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75%, para 3,5% ao ano. A decisão foi unânime.
Para Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama Investimento, o Copom fez certo em elevar a taxa. Além disso, ele também aponta que a decisão de hoje mostra comprometimento do BC com a meta de inflação, o que é "muito positivo".
Outro ponto destacado por Alexandre foi a sinalização do comitê de voltar a realizar mais um aumento da mesma magnitude para a próxima reunião: "o Copom está agindo com grande diligência e antecipando o processo de normalização para adequar o balanço de riscos".
Étore Sanchez, economista-chefe Ativa Investimentos, por sua vez, afirma que a decisão do BC de sinalizar mais um aumento na próxima reunião tem um caráter hawkish, ou seja, de manter taxas de juros mais altas e, assim, menor demanda e inflação mais controlada.
"Em linhas gerais, o BC mostrou-se austero com o avanço da inflação e a perspectiva de que isso continue assim, mas manteve a sinalização de normalização parcial do juro, o que significa que o BCB não deverá elevar o juro para além do seu patamar neutro, hoje estimado pela autoridade ao entre 6,0% e 6,5%", disse o economista.
A Ativa Investimentos tem previsão de que o BC deverá elevar a Selic em 0,75% nas próximas duas reuniões do Copom, com a taxa básica de juros em 5,0% antes do término de 2021.