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Veja os investimentos mais indicados para o ano de 2022, segundo a InvestSmart

Com a Selic em 9,25% ao ano, as aplicações em renda fixa passaram a configurar uma opção bem mais confiável para os investidores no ano que vem

- Foto: Alesia Kozik/ Pexels
- Foto: Alesia Kozik/ Pexels

A mais recente edição do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (20), indicou que 2022 não vai ser um ano muito frutífero para a economia brasileira.

Segundo o documento, os números do PIB (Produto Interno Bruto) devem encerrar o ano em 4,65% e 0,50% no ano que vem.

“As razões para a queda são várias, entre elas a piora das contas públicas ao câmbio depreciado, a inflação e os juros em alta, o cenário externo complicado e a proximidade das eleições”, afirma o economista e gestor da área de Macroeconomia da InvestSmart, Felipe Nascimento.

Segundo Nascimento, com a economia mais fraca, investimentos na bolsa de valores se tornam menos atrativos, uma vez que as condições ruins de mercado resultam em menor volume de vendas para as empresas, com menos receitas e, consequentemente, lucros menores.

E com a crescente alta da Taxa Selic – que encerra o ano em torno de 9,25% (sua elevação se trata de uma estratégia para controlar a inflação), as aplicações em renda fixa passaram a configurar uma opção bem mais confiável para os investidores em 2022.

O especialista listou alguns investimentos que podem ser interessantes neste momento da economia. Confira:

Tesouro Direto

Os títulos públicos do Tesouro Direto são uma forma de captação de recursos que o governo federal utiliza para se financiar.

“Quem compra um título do Tesouro, está emprestando dinheiro à União. Eles têm sua rentabilidade determinada de acordo com o patamar da taxa de juros e dos níveis de inflação atuais”, informa Nascimento.

Fundos de Renda Fixa

Os Fundos de Investimento em Renda Fixa funcionam como condomínios de investidores em que cada cotista é dono de uma fração do patrimônio total.

O gestor desse fundo aplica os recursos dos seus investidores em uma carteira de produtos de Renda Fixa, como forma a alcançar o melhor retorno em relação à taxa do CDI.

CDBs

Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são semelhantes aos títulos do Tesouro, mas quem emite os CDBs são os bancos.

“Logo, ao investir em um CDB, você está emprestando seu dinheiro ao banco e, como recompensa, recebe seu dinheiro de volta acrescido de juros depois do tempo combinado”, ensina o especialista.

A rentabilidade dessas aplicações seguem a taxa DI — que veremos a seguir –, ou seja, 100% do CDI, 120% do CDI e por aí vai.

LCI, LCA, CRI e CRA

As Letras de Crédito Imobiliárias (LCI) e do Agronegócio (LCA), assim como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são títulos securitizados.

“Podemos dizer que são "promessas de pagamento" negociadas entre as modalidades de financiamento de atividades do mercado imobiliário e do setor rural”, afirma ele.

Por serem aplicações de renda fixa, também rendem uma determinada porcentagem do CDI à época.

Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas como forma de captação de recursos para suas atividades, expansões e fluxo de caixa. Em outros termos, é uma maneira de as companhias tomarem empréstimos sem necessariamente recorrer aos bancos.