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Vibra (VBBR3): como Bradesco, Goldman Sachs e Itaú avaliam a renúncia de Ferreira Júnior?

Até agora, os nomes mais cogitados para a substituição do executivo à frente de Vibra são Carlos Piani, Sergio Rial e um ex-executivo da Raízen (RAIZ4)

Vibra Energia - Divulgação
Vibra Energia - Divulgação

Às 15:00 desta quarta-feira (20), as ações de Vibra (VBBR3) disparavam 6,14%, ao preço de R$ 17,12 cada. O movimento sucedia a notícia de que Wilson Ferreira Júnior, então CEO da companhia, renunciou ao cargo.

O Estadão afirma que o executivo está de volta à recém-privatizada Eletrobras (ELET3)(ELET6). 

Para o Goldman Sachs, a notícia foi negativa para a ex-BR Distribuidora, uma vez que ele foi bem visto pelo mercado devido à sua experiência anterior bem-sucedida no setor elétrico no Brasil.

Além disso, notam que Ferreira Júnior liderava os esforços da Vibra para fazer a transição para o espaço de energias renováveis por meio de algumas aquisições, principalmente a Comerc.

Apesar do revés, o GS mantém recomendação de compra para VBBR3, com preço-alvo de R$ 22,10 em doze meses, por seu valuation atraente (aproximadamente 5,5x EV/EBITDA 2023E) e risco potencial de alta para estimativas de consenso de segundo semestre.

Para o Itaú BBA, Ferreira Júnior era um nome bem visto pelo mercado, mas analistas acreditam  que sua renúncia já estava precificada, e isso poderia reduzir o excesso de VBBR3.

Em relatório, o banco destaca que a Vibra não anunciou um novo CEO, mas acredita que o mercado não aceitaria um estranho para a posição neste momento porque o empresa tem realizado uma sólida reviravolta desde sua privatização e planeja se tornar uma protagonista na tendência de transição energética no Brasil.

Analistas se mantêm neutros aos papéis, com preço-alvo de R$ 34,00.

Já o Bradesco BBI mantém classificação outperform para VBBR3, com preço-alvo de R$ 34,00

O banco destacou, em material, que o mercado já especulava a saída de Ferreira Júnior e o anúncio remove a saliência dos rumores. Analistas pontuam ainda que as ações não têm tido um bom desempenho com as especulações, pois ele era o principal nome responsável pelas recentes aquisições em transição

Assim como o Itaú BBA destacou, analistas do Bradesco BBI afirmam que o mercado gostaria de um nome que ainda mantivesse a Vibra no caminho da transição, mas que também se aprofundasse em  eficiências potenciais a serem extraídas do atual negócio de distribuição de combustíveis.

Parte do mercado acredita que um perfil como Carlos Piani (atualmente membro do conselho) pudesse ser nomeado CEO.

Piani foi um dos principais nomes por trás da história de sucesso da Equatorial com foco em eficiência, diz o BBI. Outro nome especulado
foi Sergio Rial
, com experiência em entregar eficiências, dizem analistas. Uma terceira possibilidade seria um nome mais ligado a distribuição de combustíveis, potencialmente um ex-executivo da Raízen (RAIZ4).

Bradesco BBI vê as ações da Vibra negociadas a 8,8x P/E 2023 vs. 9,5x para a Ultrapar (UGPA3).