SpaceMercado

Vibra (VBBR3): Petrobras (PETR3)(PETR4) quer reaver marca BR na justiça

A estatal vendeu seu negócio de distribuição de combustíveis por meio de um processo de privatização iniciado em 2019 e concluído em 2021

Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia
Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia

Às 11:00 desta segunda-feira (24), as ações de Vibra (VBBR3) caíam 0,60%, ao preço de R$ 13,25 cada. O movimento sucede a informação de que a Petrobras (PETR3)(PETR4) planeja voltar ao setor de distribuição de combustíveis no Brasil e, para isso, a empresa pretende recuperar a marca Postos Petrobras (também conhecido como BR), de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo

Uma das alternativas para recuperar a marca seria mover um processo judicial. A estatal vendeu seu negócio de distribuição de combustíveis por meio de um processo de privatização iniciado em 2019 e concluído em 2021, e, na operação, incluiu a venda do direito de uso da marca.

A Vibra (VBBR3) tem o direito de usar a marca BR em seus postos de gasolina até 2031, informou o veículo.

Caso a petroleira descumpra esse acordo, estaria sujeita a uma multa com base nas vendas anuais da Vibra (no entanto, os números de tais multa não foram divulgados).

A reportagem afirma ainda que a Petrobras prepara uma revisão de seu plano estratégico para o período 2024-2028 que pode ser divulgado entre maio e junho deste ano.

Se esse plano incluir investimentos em distribuição de combustível, isso pode indicar que a estatal pode buscar recuperar a marca agora usada pela Vibra.

Por fim, a matéria do veículo sugeriu que o cronograma de qualquer potencial processo judicial poderia ser realizado no segundo semestre deste ano, possivelmente após um anúncio do plano estratégico atualizado.

O Goldman Sachs interpreta a notícia como negativa para a Vibra.

Analistas observam que o reconhecimento da marca destaca-se como um aspecto comercial fundamental do setor e pode influenciar a dinâmica da participação de mercado.

Além disso, notam que o setor opera com margens baixas e a entrada de um novo concorrente pode pressionar ainda mais a rentabilidade dos distribuidores existentes (como Raízen e Ipiranga).

Para a Petrobras, notam que um retorno à distribuição de combustíveis pode implicar em maiores fusões e aquisições e CAPEX orgânico para a empresa nos próximos anos, o que pressionaria os dividendos no curto prazo.