Por Senad Karaahmetovic, da Investing.com – A Visa (BVMF:VISA34) (NYSE:V) divulgou um lucro ajustado por ação bem acima do consenso de Wall Street para o 3º tri.

A companhia apurou um LPA ajustado de US$ 1,98, contra as projeções dos analistas de US$ 1,75. A receita foi de US$ 7,3 bilhões, novamente maior do que a estimativa média de US$ 7,06 bilhões.

A Visa também reportou um volume de pagamentos de US$ 2,94 trilhões, levemente abaixo do consenso de US$ 2,97 trilhões. Os volumes de pagamentos internacionais dispararam 40%, superando bastante as projeções, graças à forte recuperação das viagens.

A companhia disse ainda que processou transações de US$ 49,3 bilhões, acima do consenso de US$ 48,82 bilhões.

“Os níveis sustentados de crescimento em volume geral de pagamentos, volume internacional e transações processadas demonstraram a resiliência do nosso modelo de negócios. Os consumidores voltaram a pegar a estrada, visitar vários cantos do planeta, resultando em um volume de viagens internacionais acima dos níveis de 2019 pela primeira vez desde o início da pandemia em 2020. Embora não haja clareza quanto à perspectiva econômica, seguimos confiantes em nossa capacidade de executar com disciplina e expandir o papel da Visa no centro da movimentação de recursos”, declarou Alfred Kelly, presidente do conselho e CEO da Visa.

Um analista do Citi recomendou que os investidores comprassem as ações da Visa, diante do comentário otimista da gerência.

“Continuamos esperando um cenário saudável no curto prazo, apesar de já termos reduzido as estimativas do ano fiscal de 2023, de modo a incorporar uma desaceleração. No geral, nossas estimativas sobem levemente. Acreditamos que a V continua sendo uma boa ação para se ter em carteira atualmente”, disse ele em nota aos clientes.

Um analista do Morgan Stanley (NYSE:MS) também teceu comentários bastante positivos sobre as ações da Visa. Ele elevou o preço-alvo para US$ 291 por ação, ante US$ 284 anteriormente, a fim de refletir as maiores estimativas de LPA de 22/23 de 5% e 2%, respectivamente.

O analista continua otimista com as ações da V, em vista do “forte e contínuo retorno das viagens internacionais, juntamente com o impacto limitado dos obstáculos macro”.

“Pode ser que os investidores ainda estejam em modo de 'esperar para ver’, mas consideramos que a V está bem posicionada para uma variedade de resultados, por isso nossa classificação ainda é overweight (acima da média)”, declarou em nota aos clientes.

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