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Vivara sobe mais de 1%; cia registrou prejuízo no 2T, mas melhor que consenso

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Por Gabriel Codas, da Investing.com – Na parte da manhã desta quinta-feira, as ações da Vivara (SA:VIVA3) operam com valorização, acima da alta do Ibovespa. A companhia reportou, na noite de ontem, que encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 1,67 milhão, revertendo assim o resultado positivo de R$ 156,9 milhões do mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, os números foram de 101,1% menores, repercutindo os impactos do fechamento do comércio em razão da pandemia da Covid-19.

No entanto, por volta 11h44, os ativos da companhia somavam 1,10% a R$ 23,10 (veja abaixo), com máxima em R$ 23,90 e R$ 22,71 milhões de volume negociado. O Ibovespa operava com leve alta de 0,03%, próximo à estabilidade.

Em linha com a queda na receita bruta, a receita líquida marcou R$ 137,65 milhões no período, recuo de 54,6% no comparativo anual.

O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 421 mil no segundo trimestre, em queda de 100,7%. A geração de caixa livre no período correspondeu a R$ 98,9 milhões, salto de 3700% em um ano, enquanto a geração de caixa operacional foi de R$ 111 milhões, salto superior a 1000%, pela menor alocação do capital de giro.

Visão dos analistas

Para a XP Investimentos, conforme o previsto, os resultados da Vivara no segundo trimestre foram pressionados pela crise desencadeada pela Covid-19. As vendas no conceito mesmas lojas caíram 55% ao ano.

Os analistas esperam uma reação positiva ao anúncio. Apesar dos números fracos, conforme esperado, o resultado veio acima das expectativas e do consenso de mercado. Além disso, acreditam que a sinalização de uma retomada acelerada ao longo do trimestre deva minimizar as preocupações em relação aos resultados de curto prazo da companhia (vendas estáveis em agosto A/A).

A equipe ressalta que a Vivara retomou as compras de matéria prima para recomposição dos estoques de ouro e prata. Apesar da alta significativa do custo dos metais, acredita que a companhia tenha capacidade de preservar sua rentabilidade por meio de um maior poder de precificação, em função da verticalização, e flexibilidade em relação a potenciais mudanças do mix de vendas e/ou ajustes na composição das coleções. A XP mantém a recomendação de Compra para as ações de Vivara e preço-alvo de R$30,00 para o final de 2020.

Balanço

Entre abril e junho, a varejista teve receita bruta de vendas alcançou R$ 169,7 milhões, caindo 56% em um ano. Já o indicador de vendas mesmas lojas da Vivara caiu 55%, na comparação com o mesmo trimestre de 2019.

No e-commerce, as receitas tiveram um salto vertiginoso, de 387%, na mesma base de comparação, somando R$ 108,4 milhões. O total representa 63,9% do total das vendas da companhia no segundo trimestre.

No caso das lojas físicas, as vendas foram de R$ 59,5 milhões no trimestre, queda de 83,2% em um ano. A receita dessas lojas correspondeu a 35,1% das vendas totais. “Encerramos o mês de abril com 09 lojas abertas, maio com 26 e junho com 186, sendo que de 15 a 22 de junho fechamos 32 praças que já haviam sido reabertas.” A companhia informou que ao fim de julho 214 lojas haviam sido reabertas.