Retomada do setor aéreo

Voos domésticos reservados no Brasil em maio atingem 64% do patamar pré-pandemia

De acordo com a análise do Mastercard, um quinto dos países retornou a pelo menos 90% dos níveis pré-pandêmicos em relação aos voos domésticos

- Kevin Woblick via Unsplash
- Kevin Woblick via Unsplash

O turismo doméstico começa a mostrar uma recuperação gradual em todo o mundo. Apesar das viagens aéreas continuarem reduzidas em todo o planeta, alguns países já apresentam resultados positivos, como indica o relatório Recovery Insights: Ready for Takeoff?, realizado pelo Mastercard Economics Institute. 

No Brasil, por exemplo, a quantidade de voos domésticos reservados em maio já demonstra uma recuperação, com 64% do total registrado no último trimestre de 2019 – de acordo com a análise, um quinto dos países retornou a pelo menos 90% dos níveis pré-pandêmicos em relação aos voos domésticos.

Outros países como Canadá, Tailândia e Nova Zelândia – mostram apenas uma fração de onde estavam antes do início da pandemia. 

Quanto aos voos internacionais, nos EUA, a quantidade já chega a 78% dos níveis registrados no fim de 2019, ao passo que no Brasil esse montante é de apenas 29% em relação ao mesmo período. Essas diferenças se explicam, dentre outros fatores, pelas restrições de viagens impostas por diversos países, devido à pandemia.

O consumo de combustível também aumentou globalmente 13% em relação ao pico anterior em 2019.

Atualmente, no Brasil, os gastos com gasolina são 31% maiores do que eram no último trimestre de 2019 – o que indica um maior número de viagens terrestres -, enquanto nos EUA, esses mesmos gastos são 75% maiores em comparação com o mesmo período.

O consumo de combustível por parte de companhias aéreas, no entanto, ainda é baixo: no Brasil, é atualmente 80% menor do que era no fim de 2019;  nos EUA, o consumo chega a ser 27% menor.

"Embora tenha havido uma impressionante recuperação nas viagens aéreas domésticas em vários mercados, a retomada não acontecerá da noite para o dia. A pandemia reduziu o setor a níveis de gastos que não vemos há mais de 15 anos", disse Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e Diretor do Mastercard Economics Institute.

"Embora ainda haja muita incerteza, economias reprimidas, o desejo de se aventurar mais longe de casa e a luz verde dos governos podem proporcionar um vento a favor para uma recuperação continuada das viagens", concluiu.

Com informações de JeffreyGroup Brasil.