A Warren está mirando na revolução do segmento institucional. Segundo Gustavo Ruiz, Diretor de Mercado de Capitais e Distribuição da Warren, a proposta é criar o “mercado de capitais 3.0”, formando um ecossistema onde clientes institucionais e corporativos com diferentes objetivos se encontram para estruturar e originar novos produtos de investimentos a serem distribuídos, sem as inúmeras taxas que existem, podendo reduzir o custo em cerca de 70% para esse tipo de operação.
“Estamos olhando muito mais a qualidade e não o fee (fee based, do inglês: baseado em taxas). Na média, o custo de se estruturar e distribuir um ativo nas plataformas está em torno de 5 a 7%. Na Warren, operamos no modelo de fee-based e não cobramos fee de distribuição, colocando o cliente e o retorno do ativo no centro da decisão”, explica.
Dessa forma, segundo ele, é possível estender o benefício do modelo já reconhecido no varejo a todo o mercado, "afinal, clientes de outras casas que aderirem à oferta pela Warren vão ter acesso aos ativos estruturados sob o nosso modelo. O mercado como um todo se beneficia”
A meta da Warren, até o fim deste ano, é crescer em 300% o faturamento, aumentando o time e o escopo de atuação da área, que está de olho nos segmentos imobiliário, de agronegócio e de infraestrutura.
“Através da nossa tecnologia e da capilaridade de nossos atuais 12 escritórios e 250 parceiros espalhados pelo Brasil, é possível estar presente em todo o país, atendendo a nichos que alguns players às vezes deixam de olhar. Para garantir que nossas teses e produtos cheguem ao mercado e acessem bolsos distintos, também temos um time de distribuição para acessar investidores institucionais, fundos de pensão, clientes profissionais e outras plataformas de investimentos”, diz Ruiz.
No último ano, a área de mercado de capitais da Warren participou como coordenadora-líder e contratada em 12 ofertas de diversas classes de ativos, movimentando o total de R$ 1,5 bilhão. A empresa também esteve presente em, pelo menos, 10 mandatos de fusões e aquisições, atendendo e apoiando o processo de outras empresas do mercado — e isso deve ganhar ainda mais força em 2022.
Mercado de capitais 3.0
Para o co-CEO da SpaceMoney, Fabio Murad a grande vantagem no mercado de capitais 3.0 é que não existe conflito de interesse porque o consultor não é remunerado quando recomenda algum tipo de investimento, o que torna todo o custo mais barato para o investidor.
"Por exemplo, não há taxa de corretagem, não tem spreads, então quando o cliente compra um papel de renda fixa, ele está pegando a taxa máxima. A grande vanatgem é que o consultor está totalmente alinhado aos interesses do cliente, já que cobra uma taxa fixa e não recebe comissão ao indicar um produto financeiro", pontua.