Pessimismo

XP: 49% dos entrevistados reduzem expectativas e preveem Ibovespa até 140 mil pontos ao fim do ano

Em julho, 46% dos assessores acreditavam que o índice alcançaria um patamar entre 140 mil e 150 mil pontos

- Standret/Freepik
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Segundo a mais recente edição da Pesquisa XP de Sentimento, referente ao mês de agosto, 49% dos entrevistados – assessores da XP e assessores de investimentos de escritórios autônomos filiados – acreditam que o Ibovespa deve chegar a um patamar de 130 mil a 140 mil pontos ao fim deste ano.

A previsão reduz as expectativas apuradas no mês de julho, quando 46% dos assessores acreditavam que o índice alcançaria um patamar entre 140 mil e 150 mil pontos.

A média de palpites, segundo o material, foi de 132.831 pontos – uma diminuição de 5,4% em relação ao informado no mês anterior (140.388 pontos).

Em relação aos riscos, o destaque continuou sendo o risco político e fiscal no Brasil, com um aumento de mais de 15 pontos percentuais mês a mês, e alcançou 82%. A alta da inflação foi vista como o segundo maior risco em 6%, seguido da alta da taxa básica de juros Selic, em 5%.

Quanto à turbulência nos mercados, 46% dos assessores acreditam que estes se acalmarão após mais de seis meses, número que se manteve praticamente estável em relação à julho.

Os que acreditam que isso ocorrerá entre três e seis meses somam 15% – 7 pontos percentuais a menos na comparação mês a mês.

Por fim, 24% das pessoas acreditam que a turbulência irá passar entre um e três meses, também praticamente estável em relação à pesquisa anterior.

Para onde vão os investidores?

A pesquisa mostrou, ainda, que o interesse dos investidores por renda fixa e Tesouro Direto aumentou de forma expressiva diante da alta da Selic, enquanto o apetite por renda variável diminuiu, com impacto em ações e fundos imobiliários.

O percentual de interessados em manter seus investimentos em renda variável ficou em 46% dos respondentes, queda de 5 pontos porcentuais (p.p.).

Já os que pretendem diminuir seus investimentos em renda variável chegaram a 38%, uma elevação de 25 p.p. em relação a julho.

Deste modo, os assessores entrevistados na pesquisa da XP demonstram que os clientes estão mais pessimistas em relação aos seus investimentos em ações. Apenas 16% dos investidores pretendem aumentar suas posições nessa classe.