O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deu início nesta terça-feira (26), em Brasília, à sétima reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (27), ao fim do dia, o comitê anunciará a decisão.
Para Camilla Dolle, head de Renda Fixa, e Francisco Lobo, analista de Renda Fixa, da XP Investimentos, há dois cenários mais prováveis após a reunião do Copom.
Um cenário-base no qual eles projetam uma elevação de 1,5 ponto percentual (pp) ou mais, refletindo a mudança estrutural da questão fiscal. E outro, alternativo, com elevação de 1,25 ponto percentual, sendo um “meio do caminho” entre a sinalização anterior de plano de voo e as estimativas do mercado.
Tanto Dolle quanto Lobo avaliam que, caso o cenário-base se concretize, há a possibilidade de a curva de juros perder inclinação, com as taxas DI mais longas caindo.
"No cenário alternativo, acreditamos que decepcionaria o mercado, levando a estresse ainda maior nas taxas mais longas da curva de juros e, consequentemente, maior inclinação", afirma.
A expectativa da XP é de que a Selic atinja 9,25% em 2021, com duas altas de 1,5 pp (outubro e dezembro). "Esperamos ainda que encerre o ciclo de alta em 11%, no início de 2022".