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XP: fundamentos da Hidrovias do Brasil (HBSA3) permanecem inalterados; recomendação de compra

Corretora acredita que, apesar de má fase devido a fatores externos, eventos contrários são restritos principalmente a este ano, com impacto limitado

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Nesta quinta-feira (26), a XP reiterou sua recomendação de compra para as ações da Hidrovias do Brasil (HBSA3), no preço-alvo de R$ 9,20, por acreditar que as ações de HBSA3 caíram além dos fundamentos da empresa.

Os analistas Gabriela Ferrante, Lucas Laghi e Pedro Bruno atribuem o desempenho fraco da ação no acumulado do ano (-30% vs. +1% do Ibovespa) a dois ventos contrários: crise hídrica, que dificulta parcialmente as condições de navegação no corredor sul (Rio Paraguai), e quebra da safra de grãos de 2021, que limita a demanda de exportação.

Entretanto, a XP acredita que os ventos contrários estão restritos principalmente ao ano de 2021, com impacto limitado no longo prazo. 

Além disso, segundo a corretora, o novo guidance anunciado pela empresa aumentou a visibilidade aos investidores ao estabelecer uma indicação de “piso” para o impacto operacional negativo de curto prazo.

Junto com os resultados do segundo trimestre deste ano, a empresa reduziu seu guidance de Ebitda para 2021 em aproximadamente 20% para faixa entre R$ 630-710 milhões (com o guidance de 2025 inalterado entre R$1,35-1,50 bilhões).

Assim, a XP vê espaço limitado para mais surpresas negativas, já que as estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$634 milhões consideram um impacto negativo de aproximadamente R$80 milhões no Ebitda decorrente de dois meses (setembro-outubro) de não navegação na operação sul de transporte de minério de ferro.

Para 2022, o XP estabeleceu preço-alvo de R$ 8,90 por ação com base no fluxo de caixa descontado (DCF, na sigla em inglês). O valor representa potencial de valorização de 90% em relação aos preços atuais, com cerca de 18% de seu valor na perpetuidade.