Recomendação

XP inicia cobertura da Boa Safra Sementes (SOJA3) com recomendação de compra

Segundo a XP, existe um potencial de alta de 32% ante o preço de R$ 13,65 registrado no fechamento do mercado na última quinta-feira, 29 de julho

- v2osk/Unsplash
- v2osk/Unsplash

A XP iniciou nesta sexta-feira (30) a cobertura das ações da Boa Safra Sementes (SOJA3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,00. Segundo a corretora, existe um potencial de alta de 32% ante o preço de R$ 13,65 registrado no fechamento do mercado na última quinta-feira, 29 de julho.

Analistas enxergam que a ação tem sido negociada 4,6x o valor da empresa (Enterprise Value) sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) para 2022, o que representa um desconto em relação ao múltiplo-alvo da XP, de 7,3x.

"A Boa Safra é uma das maiores empresas brasileiras no segmento de sementes e, na nossa visão, é a empresa mais preparada para capturar essa oportunidade criada pelo avanço da adoção de tecnologia no campo. Entendemos que a empresa conta com diferenciais estratégicos relevantes, como seu modelo leve em termos de ativos, sua integração na cadeia de produção, seu alto nível tecnológico, além da base de clientes diversificada", diz o relatório da XP.

Atualmente, a operação industrial da Boa Safra está concentrada em Goiás, com cinco unidades de processamento de sementes ao redor da cidade de Formosa. Em 2020, a Boa Safra tinha espaço para guardar mais de 2,5 milhões de sacas de sementes – cada uma equivale a 40 quilogramas.

Tal capacidade está distribuída entre 1,85 milhão de sacas em armazéns próprios em Buritis (MG) e Cabeceiras (GO); 400 mil sacas em uma unidade alugada da família controladora em Formosa (GO); e cerca de 280 mil sacas em duas unidades menores alugadas de outras companhias em Água Fria (GO) e Planaltina (DF). Segundo a XP, as duas unidades devem ser devolvidas até o final deste ano, uma vez que a empresa está focada em investir em unidades próprias de armazenamento.

Adicionalmente, a empresa também iniciou a construção de outra unidade produtiva em Jaborandi, na Bahia, cidade que fica próxima do polo produtor de soja localizado em Luis Eduardo Magalhães.

A unidade deve começar a operar em 2022 e deverá ter cerca de 1 milhão de sacas de capacidade, com planos de expansão de mais 500 mil sacas até 2024, além de outras 500 mil até 2026.

Por fim, a companhia também já divulgou ter planos de longo prazo de construir unidades em Minas Gerais, Mato Grosso, Pará ou Piauí, além de Paraná ou Rio Grande do Sul.

"Vale lembrar que, ao invés de construir essas novas plantas, também existe o caminho de adquirir plantas já existentes de outras empresas, especialmente no caso do Centro-Oeste", ressalta o material.