A XP reiterou recomendação neutra para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com preço-alvo de R$ 32,00, após a companhia reportar seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre do ano passado.
Na avaliação da XP, os números vieram em linha com as estimativas, com as margens pressionadas pela liquidação do Extra.
A receita líquida consolidada subiu 7% a/a e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 10% a/a, por conta dos resultados das operações descontinuadas (Extra Hiper e farmácias), enquanto o lucro líquido veio acima das estimativas por conta de efeitos positivos não recorrentes.
Para a XP, os destaques positivos são:
i) vendas mesmas lojas (SSS) do GPA Brasil, que subiram 2,3% a/a (com impulso de Pão de Açúcar, em +1%, e proximidade, +20%) assim como o SSS de +15% A/A do Grupo Éxito;
ii) forte penetração digital e de marca própria no Brasil, em 8,4% e 21% das vendas, respectivamente; e
iii) margens EBITDA sólidas para as operações continuadas, com GPA Brasil +0,2p.p. a/a e Grupo Exito estável.
Já do lado negativo:
i) A XP destaca a performance do Hiper, o que puxou tanto a receita como a margem EBITDA consolidada para baixo, apesar de os analistas acreditarem que os investidores não darão muita atenção para isso uma vez que já era esperado.
Na verdade, a XP acredita que os investidores podem ver como positivo o fato dos resultados do “novo GPA Brasil” ter superado a operação de varejo do Carrefour, que apresentou um SSS de -9% a/a, com margem EBITDA em 5,2% vs. o SSS de GPA em +2,3% a/a (ou -2% se incluído o Extra), com uma margem EBITDA foi de 8,4% (ou 5,4% incluído o Extra).
E a agenda ESG?
A XP destaca que o Pão de Açúcar tem se saído bem nessa frente, com diversas iniciativas como:
i) entrada no Bloomberg Gender-Equality Index (GEI) 2022;
ii) queda de 7% a/a nas emissões de gases estufa, em linha com sua meta de 30% de redução até 2025;
iii) 90% das frutas e vegetais fornecidos localmente na Colômbia para apoiar o comércio local, entre outras.