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XP: o que esperar das ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) após queda de 62% no ano passado?

O futuro cenário macroeconômico deve influenciar maior peso sobre o desempenho da companhia no mercado, afirmam analistas

- Divulgação
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Após um ano marcado por duas mudanças estruturais no Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), primeiro com a cisão do Assaí (ASAI3) e mais tarde pela venda de aproximadamente setenta lojas do Extra Hiper ao próprio cindido, as ações da companhia encerraram o ano de 2021 com uma desvalorização de 62%.

Danniela Eiger, head de Varejo e co-head de Equity Research da XP, Thiago Suedt e Gustavo Senday, analistas de varejo, afirmam que o cenário macroeconômico vai ser um fator bastante importante para a saúde da companhias de varejo, como a GPA.

“A deterioração macroeconômica impacta diretamente as ações de varejo. A combinação de inflação e taxas de juros em alta fragiliza o poder de compra dos consumidores, bem como a capacidade das empresas em repassar esses aumentos dos produtos ao consumidor final”, pontuam.

“O mercado deve acompanhar de perto o desenrolar da transação de venda das lojas do Hipermercado Extra ao Assaí, além das conversões de lojas do formato que não foram incluídas na lista de venda ao Assaí e devem ser convertidas em novas lojas da bandeira Pão de Açúcar, assim como os efeitos práticos que devem acontecer com a saída da operação do Hiper da base de lojas da companhia”, relatam.

Diante deste cenário, a preferência do time de ações da XP permanece por nomes ligados ao varejo de alta renda, como Arezzo (ARZZ3), Grupo Soma (SOMA3) e Vivara (VIVA3), e a nomes mais resilientes, como Raia Drogasil (RADL3) e Assaí (ASAI3) que, segundo os analistas, devem se beneficiar do “momento macro mais desafiador, inflação elevada e consequentemente a contínua procura dos consumidores por preços mais baixos”.

Por volta das 11h59 desta sexta-feira (7), as ações PCAR3 avançavam 0,41%, cotadas a R$ 19,50 por papel.